A presidente da Comissão de Esporte do Senado, senadora Leila do Vôlei (PDT-DF), apresentou nesta sexta-feira, 7, um voto de repúdio contra o clube Cerro Porteño e sua torcida, após as ofensas racistas contra os jogadores Luighi e Figueiredo, do Palmeiras, na véspera. O voto vai ser analisado na próxima semana e, se aprovado, será enviado formalmente ao clube paraguaio.
Leila afirmou que atletas do Palmeiras também sofreram agressões racistas em confrontos com o Cerro Porteño em duas ocasiões recentes, em 2022 e 2023, sem que a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) ou o clube paraguaio adotassem medidas contundentes.

“A repetição desses episódios expõe um padrão inaceitável que precisa ser combatido com rigor. Racismo não é provocação, é crime. A impunidade é um estímulo para que esses casos sigam acontecendo. O futebol sul-americano precisa dar um basta definitivo ao racismo e proteger quem joga e trabalha pelo esporte”, concluiu.
Na noite da quinta-feira, 6, Luighi e Figueiredo, do Palmeiras, foram alvos de cusparadas dos torcedores. Luighi relatou ter sido chamado de macaco. O caso ocorreu durante partida da Copa Libertadores Sub-20 contra o Cerro Porteño, no Paraguai.
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) recebeu nesta sexta-feira, 7, um pedido de moção de repúdio contra os atos racistas sofridos pelos atletas. A proposta foi apresentada pelo deputado estadual Lucas Bove (PL) e precisa ser aprovada pelo plenário.