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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Sucessão de Lira na Câmara contaminou debate sobre a prisão de Chiquinho Brazão

Pré-candidatos se posicionaram a favor, contra ou mesmo sem votar numa sintonia direta com os grupos em que estão buscando votos

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Foto do author Eduardo Gayer
Foto do author Augusto Tenório
Atualização:

A disputa antecipada para suceder o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), contaminou a votação interna que decidiu manter preso o deputado federal Chiquinho Brazão, suspeito de mandar matar Marielle. Em busca de votos do Centrão e da direita, o líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento, assumiu a bandeira do corporativismo e defendeu a derrubada da prisão em plenário — mesmo após ter apoiado a expulsão de Brazão de seu partido, em rito sumário. Elmar sabe que o estilo “líder sindical dos deputados”, de proteção a colegas, levou Lira e Eduardo Cunha à linha sucessória da presidência da Câmara.

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Em outra raia, o deputado Antônio Brito (PSD), interessado no apoio do governo Lula e da esquerda para virar presidente da Câmara, defendeu a manutenção da prisão. Em um sintoma da contaminação da eleição interna no debate sobre Brazão, o deputado Marcos Pereira (Republicanos), que faz acenos ao governo e à oposição para ganhar a disputa, não votou.

“O corporativismo pesa. Mas a eleição da mesa se dá por vários fatores: lideranças partidárias, formação de grupos de coalizão no congresso, bancadas temáticas, interesses regionais, dentre outros”, observa o cientista político Tiago Valenciano, doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), destacando que outros fatores vão pesar para o sucesso de cada uma das campanhas.

O plenário da Câmara dos Deputados.  Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados
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