O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve sancionar nesta quarta-feira (15) projeto que derruba a exigência de vacinação contra a Covid-19 para o ingresso em carreiras públicas estaduais e matrículas em instituições de ensino.
Prometida durante a campanha, a medida vai na contramão dos planos do governo federal, que vem defendendo todo o esforço para ampliar a cobertura vacinal, inclusive com a obrigatoriedade para o acesso a locais públicos e a determinados serviços, como o Bolsa Família. O direito ao programa social depende da imunização dos filhos dos beneficiários.
Segundo integrantes da Secretaria da Saúde, serão vetados trechos do texto abertamente contrários às vacinas. É o caso do artigo 7º, segundo o qual médicos deverão notificar à pasta incidentes de reação à primeira dose e, se julgarem necessário, atestar que o paciente não pode tomar a segunda.
De acordo com aliados de Tarcísio, a ideia é mostrar que ele defende a imunização e não se somará aos anti-vacinas, mas discorda da obrigatoriedade. O texto é de autoria de uma frente de deputados bolsonaristas e da direita, como Janaína Paschoal (PRTB), Douglas Garcia (Republicanos), Frederico d’Avila (PL) e Letícia Aguiar (PP).
Na visão do chefe do Executivo paulista, a adesão ao programa de vacinação deve ser induzida, não forçada. Por isso, planeja colocar na rua, nos próximos meses, uma campanha publicitária de estímulo à imunização.
O objetivo é mostrar os danos permanentes à saúde causados por doenças que são tratadas com vacinas. É o caso da poliomielite, que provoca paralisia de membros inferiores.
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