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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia, com Eduardo Gayer e Augusto Tenório

TCU vai investigar contrato da Codevasf com empresa que pagou assessor de Bolsonaro

Pedido foi feito ao tribunal pelo deputado Jorge Solla (PT-BA)

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Foto do author Julia Lindner

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, nesta quinta-feira (15), a realização de uma auditoria em contratos da Codevasf com uma empresa que fez repasses suspeitos a um ajudante de ordens do ex-Jair Bolsonaro (PL). A apuração tem origem em um pedido do deputado Jorge Solla (PT-BA) apresentado à Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, no final de maio. Ainda falta definir o relator do processo, que tramitará em caráter de urgência na Corte.

O ex-presidente Jair Bolsonaro, na Academia de Polícia Militar do Barro Branco.  Foto: Werther Santana/Estadão - 02/06/2023

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A PF identificou, no mês passado, que a empresa Cedro Líbano Comércio de Madeira e Materiais de Construção fez repasses fracionados a Luís Marcos dos Reis, ex-auxiliar de Bolsonaro. Luís dos Reis também foi alvo da operação que apura a inserção de dados falsos no sistema de vacinação do ex-presidente no Ministério da Saúde.

No pedido, Solla argumenta que “o principal contrato da Cedro do Líbano é com a Codevasf, estatal que já foi alvo de operações da PF mirando corrupção em contratos no Nordeste no ano passado”.

“No dia 1º de junho de 2022, a empresa recebeu R$ 188 mil pela venda de quatro plantadeiras e adubadeiras mecanizadas para a Codevasf, muito embora equipamentos agrícolas não fosse seu ramo de negócios, e sim venda de madeira e materiais de construção”, diz um dos trechos.

“Também não há máquinas agrícolas à venda no site da companhia e não consta esse tipo de comércio entre suas atividades declaradas à Receita Federal. Seriam apenas curiosidades? Frente a esses novos fatos, solicito a aprovação dos nobres parlamentares ao requerimento em tela”, conclui.

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Como mostrou a Coluna, a Codevasf tem sido alvo de disputa, principalmente no Estado de Jorge Solla. O União Brasil é responsável por indicar os dois superintendentes da estatal na Bahia.

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