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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

Transformação ecológica deve elevar PIB e gerar 10 milhões de empregos, diz secretário da Fazenda

‘É uma chance grande do Brasil dar um salto de desenvolvimento a partir desse cenário novo’, afirma Rafael Dubeux; plano elaborado pelo governo foi lançado no ano passado

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Foto do author Célia Froufe

Até 2030, o Plano de Transformação Ecológica (PTE) formatado pelo governo Lula deve elevar de 2% a 3,5% a média de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País e gerar 10 milhões de empregos. A previsão foi feita pelo secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux.

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“Há números até mais altos, mas se a gente subir para 3% ou 3,5% (PIB), seria um ganho bem significativo, e eu acho que tem espaço para isso”, disse Dubeux ao Broadcast/Coluna. “É uma chance grande do Brasil dar um salto de desenvolvimento a partir desse cenário novo que está colocado e do potencial que existe. Em parte, porque tem uma natureza pujante e, em parte, porque o Brasil fez aposta nesse setor”, previu.

O PTE foi lançado pelo governo no ano passado e busca mudar o paradigma de desenvolvimento econômico, ampliando a sustentabilidade ambiental nos projetos de infraestrutura do País.

De acordo com Dubeux, o plano, contudo, não dará uma virada brusca na economia doméstica. “Não é para dar um cavalo de pau na economia, ninguém quer fazer isso. É uma mudança paulatina, gradual, com segurança. Mas a gente já está redirecionando a economia brasileira para cada vez dar mais incentivos para esse tipo de atividade e menos incentivo para, digamos assim, uma indústria extrativa de baixa agregação de valor no Brasil”, salientou o secretário.

O trabalho tem de ser paulatino, conforme o secretário, porque, se de um lado há emergências climáticas cada vez mais claras e constantes, como o caso do Rio Grande do Sul e do Pantanal, de outro lado não se pode simplesmente desmontar a estrutura de uma cadeia produtiva que está em vigor há décadas — e até séculos, em alguns casos. “É preciso ter um equilíbrio.”

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O secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux.  Foto: FOTO WILTON JUNIOR ESTADAO
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