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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia. Com Eduardo Barretto e Iander Porcella

União Brasil inicia processo de expulsão de Bivar, que diz que vai derrubar decisão na Justiça

Presidente da legenda diz ter sido alvo de uma traição promovida por Antônio Rueda

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Foto do author Augusto Tenório
Atualização:

A Executiva Nacional do União Brasil aprovou nesta quarta-feira, 13, o recebimento de uma representação que pede expulsão do presidente da legenda, deputado federal Luciano Bivar (PE). Ele tem 72h para responder, prazo mínimo para a direção partidária se reunir novamente para confirmar se afasta o parlamentar da presidência do partido e se o expulsará cautelarmente.

O ex-presidente do União Brasil, Luciano Bivar. Foto: Dida Sampaio/Estadão

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O parlamentar disse à Coluna que já esperava o resultado desfavorável porque foi alvo de “uma traição” promovida pelo vice-presidente, o advogado Antônio Rueda. Também afirmou que não deve tentar reverter a decisão pela via partidária. “Não adianta brigar internamente. Vou judicializar, na Justiça comum”, disse Bivar.

Rueda foi eleito no dia 29 de fevereiro o novo presidente do União Brasil, após uma tentativa de “virada de mesa” de Bivar, que deveria seguir no cargo até maio. O partido foi criado em 2022 como resultado da fusão entre o DEM e o PSL, mas as duas alas nunca se acertaram

A representação para afastar Bivar da presidência e expulsá-lo contou com os votos de 17 integrantes da Executiva Nacional. A reunião extraordinária teve 15 abstenções.

O ápice do conflito foi o incêndio supostamente criminoso de casas de Rueda, que alega ter sido ameaçado por Bivar quando se colocou como candidato à presidência do União. O parlamentar nega participação No ato contra os imóveis do adversário político.

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Um ex-deputado do União, durante a reunião desta quarta, chegou a sugerir que tanto Bivar quanto Rueda se afastassem da direção para que fosse feita uma nova eleição, como forma de pacificar a disputa entre os dois. Mas a proposta foi rechaçada por quase todos os presentes.

Após a eleição realizada em fevereiro, Rueda e seus aliados falaram em unidade e pacificação, mas Bivar disse ao Broadcast Político/Estadão que a eleição foi “viciada” e “está nula de pleno direito”. “Como a convenção foi viciada, ela não surte nenhum efeito, nem bancário, nem administrativo, nem coisa nenhuma. Esse é o fato”, disse o deputado. Ele não confirmou, contudo, se levará a disputa ao Judiciário.

ACM Neto, na ocasião, rebateu as acusações de Bivar. “É bom lembrar que foi o próprio presidente Bivar que convocou essa convenção. Ela foi homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral e respeitou, rigorosamente, todas as exigências do nosso Estatuto”, disse o ex-prefeito de Salvador. “O produto do respaldo jurídico com a força política é o que a gente pode oferecer”, emendou.

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