O União Brasil apresenta esta semana a propaganda partidária, em rádio e televisão, com o objetivo de atrair novos filiados. Diferentemente de outros partidos, a legenda ignorou os três ministros que estão na cota da sigla no governo Lula.
A ausência tem explicação política. As peças foram gravadas num momento em que o União confirmava a troca de Daniela Carneiro por Celso Sabino no Ministério do Turismo. O outro integrante, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, começou a gestão já em crise.
Como revelou o Estadão, ele utilizou recursos do orçamento secreto para beneficiar a própria fazenda no Maranhão. Ele também enfrentou denúncias de uso do jatinho da Força Aérea Brasileira (FAB) para atender a eventos privados.
Já a situação de Waldez Góes é diferente. Ele foi indicado para o ministério da Integração pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), mas não é filiado à sigla. O ministro era filiado ao PDT, mas hoje está sem partido.
Silvye pode liderar representação feminina
Nas peças, os únicos filiados ao União Brasil que aparecem são o presidente nacional do partido, o deputado Luciano Bivar (PE), e a deputada Silvye Alves (GO). Bivar não tem falas, mas a parlamentar faz discurso de combate à violência contra as mulheres.
Nesta semana, o ex-namorado da deputada foi condenado a três meses de prisão em regime semiaberto pelo crime de lesão corporal. Ela o denunciou por agressão em junho de 2021.
A escolha de Silvye, explica um integrante do União Brasil à Coluna, acontece para que a deputada ocupe o lugar de representante feminina do partido. Esse posto era ocupado pela senadora Soraya Thronicke, que deixou a legenda e se filiou ao Podemos.
Neste mês, o União Brasil tem três inserções na TV, totalizando um minuto e trinta segundos. A próxima vai ao ar no sábado, 22, de acordo com o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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