O União Brasil selecionou 150 dos cerca de 600 prefeitos eleitos pela sigla para fazerem um treinamento em Brasília, nestas quarta e quinta-feira. O curso é preparado pela Fundação Índigo, espécie de think tank do partido, tem foco em processo de transição, mas na prática vai reforçar a ala oposicionista da legenda.
Governador de Goiás e pré-candidato ao Palácio do Planalto, Ronaldo Caiado será palestrante de destaque e antecipa o tom do discurso. “Essa eleição mostrou o sucesso de quem mostrou gestão, competência e habilidade política... O governo federal está inerte, não apresentou nada novo, e o velho não saiu do papel. Já está vivendo um clima de ‘já acabou’’, adiantou à Coluna do Estadão.
A Fundação Índigo é presidida pelo ex-prefeito ACM Neto, que também não esconde sua oposição ao governo Lula e tem defendido que o centro-direita se una para lançar uma candidatura forte ao Planalto em 2026. Resultado: os ministros do partido que estão na atual gestão ficaram isolado. Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações) até foram convidados mas não devem comparecer. Pelo menos o evento não consta em suas agendas.
Em nota à Coluna do Estadão, a Fundação Índigo disse que o evento realizado com o União Brasil “é uma ação partidária com foco na capacitação de prefeitos de primeiro mandato, idealizada para auxiliá-los a conduzir o processo de transição em seus municípios, bem como orientá-los na elaboração de planejamento estratégico”. “Todos os dirigentes, parlamentares e ministros do partido foram convidados”, complementa.
Prefeitos do União Brasil também farão imersão no exterior
Depois do curso em Brasília, um grupo de prefeitos do União também participará de uma agenda internacional. A Fundação Índigo vai leva-los para conhecer programas bem-sucedidos desenvolvidos em Londres. Segundo ACM Neto, essa será apenas a primeira de uma série de experiências do Programa Missões Internacionais, que incluirá visitas a instituições públicas e privadas, encontros com lideranças governamentais e dirigentes empresariais.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.