A reviravolta na corrida à presidência da Câmara, que consagrou Hugo Motta (Republicanos-PB) como um “candidato de consenso” e minou as chances de Elmar Nascimento (União Brasil-BA), deflagrou um clima de revolta nas fileiras do União Brasil. A bancada do partido deve se reunir na próxima segunda-feira, 9, para discutir se o deputado federal, antes favorito, deve abandonar a disputa interna — o que ele resiste
Para o deputado federal Danilo Forte (União Brasil-CE), não se pode abrir mão da candidatura de Elmar Nascimento após meses de articulações. “A Câmara não aceitará um candidato chapa branca”, afirmou à Coluna do Estadão, sem citar diretamente o nome de Hugo Motta.
Na última terça-feira, 3, o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, abriu mão de sua pré-candidatura à sucessão de Arthur Lira (PP-AL) e abriu caminho para o colega de bancada. Agora, Lira tenta convencer Elmar e Antonio Brito (PSD-BA) a seguirem o mesmo caminho. A expectativa é que isso ocorra mais cedo ou mais tarde, tornando Motta um candidato com apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Motta foi ao Palácio do Planalto para se encontrar com Lula e à residência do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para conhecer o ex-presidente. “Bolsonaro não tem nenhuma resistência a ele”, afirmou o filho “Zero Um” à Coluna. “Tudo depende do que Arthur Lira direcionar e de uma conversa com a bancada do PL”, acrescentou.
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