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Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia

Vendas de carros importados crescem no País e viram ponto de cautela em dados do setor

Modelos fabricados no exterior cresceram 19,5% em janeiro, mostram dados da Anfavea obtidos pela Coluna do Estadão

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Foto do author Eduardo Gayer
Atualização:

O setor automotivo comemora a alta de 13,1% nas vendas de veículos em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2023. A Coluna do Estadão teve acesso aos dados, que serão divulgados nesta quinta-feira, 8, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Apesar do otimismo com o índice, um aspecto gerou cautela no setor: o aumento de 19,5% entre modelos importados de automóveis e comerciais leves, na maior variação em dez anos, grande responsável por embalar a variação positiva.

A conclusão é que os veículos elétricos chineses e modelos argentinos, em especial picapes, estão capturando boa parte desse crescimento do mercado automotivo.

 Foto: MARCOS DE PAULA/ESTADÃO

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Para agentes do setor, a Medida Provisória (MP) de 30 de dezembro que lançou o Mover, o programa do governo Lula de estímulo à indústria automotiva, até impulsionou o anúncio de investimentos, como da GM e da Volkswagen. Mas o impacto real para as montadoras brasileiras ainda deve demorar.

Os números da Anfavea serão apresentados em coletiva de imprensa na presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e padrinho do Mover. Entre outros dados de janeiro, a associação divulgará o aumento de 6,5 mil para 7,6 mil emplacamentos diários, em média. O total foi de 162 mil unidades. Também ganhará destaque na apresentação o recorde de participação de modelos híbridos e elétricos, com 7,9% de todos os veículos licenciados em janeiro.

Alckmin se reuniu nesta semana com representantes da indústria automotiva. Ouviu deles a preocupação com a regulamentação do Mover, que depende da edição de decretos e, principalmente, da conversão da MP em lei pelo Congresso. Um outro temor do segmento é com a possibilidade de as mudanças no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) resultarem em aumento da carga tributária.

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Pelo texto da MP, as alíquotas serão definidas de acordo com os requisitos de eficiência energética dos veículos, que passarão a valer a partir de 1º de janeiro de 2025. No MDIC, há pressa para a regulamentação em razão da noventena, o prazo de noventa dias para vigorar uma mudança na cobrança de impostos.

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