Para além do governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), principal cabo eleitoral do prefeito reeleito Ricardo Nunes (MDB), um grande vencedor das eleições municipais em São Paulo foi o publicitário Duda Lima, que chefiou a comunicação do prefeito reeleito.
Ao longo de toda a disputa eleitoral, Lima sofreu fogo amigo da ala mais bolsonarista da aliança, que defendia um Nunes mais agressivo desde o começo. O marqueteiro resistiu à pressão. Bancou a linha-mestra da campanha de mostrar obras realizadas e insistiu em destacar a origem periférica do prefeito.
Após o debate do Flow Podcast, ainda no primeiro turno, No meio do caminho, o marqueteiro levou até um soco no rosto de Nahuel Medina, assessor do então candidato Pablo Marçal (PRTB).
Em meados de agosto, a campanha precisou ganhar reforços para amenizar as críticas de aliados. Àquela altura, Nunes estava em empate triplo com Guilherme Boulos (Psol) e José Luiz Datena (PSDB), que terminou as eleições municipais em quinto lugar.
Naquele momento, o prefeito se rendeu à “teoria do Chacrinha”, dizem nos bastidores: “Quem não se comunica se trumbica”. Um dos interlocutores complementa: “E quem se comunica mal também”. A campanha então contratou jornalistas renomados, como Leandro Cipoloni, que coordenou a área de comunicação com a imprensa.
Mas a saída de Duda Lima nunca foi cogitada. O marqueteiro é nome de confiança do PL de Valdemar Costa Neto, que ganhou a vice na chapa com Ricardo Mello Araújo, e conquistou alinhamento com o prefeito Ricardo Nunes.
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