A pré-candidata do Novo à Prefeitura de São Paulo, Marina Helena, teve o perfil rejeitado na Wikipédia. Por três vezes, aliados tentaram publicar sua biografia, mas a página foi derrubada. O partido avalia que houve um boicote.
A enciclopédia digital não tem representação oficial no Brasil. Editores colaboradores explicaram à Coluna do Estadão que a decisão foi técnica, sem nenhum risco de censura e tomada com base no artigo que aponta “sem indicação de importância”. Marina Helena recorreu ao próprio site.
No momento, o verbete Marina Helena aparece. Mas a página aparece com a seguinte mensagem: “Este artigo foi proposto para eliminação por consenso. Você é encorajado a melhorá-lo(a), mas não remova este aviso, o que seria considerado vandalismo. Dê a sua opinião na discussão de eliminação, e caso ela seja transformada numa votação após uma semana, vote (se tiver direito a voto) na discussão. Se aprovada, a eliminação ocorrerá a partir de 2 de maio.”
“O verbete de Marina Helena foi criado e imediatamente marcado para eliminação rápida, apesar da clara evidência de que os critérios de notoriedade eram atendidos devido a várias citações em mídias de abrangência nacional”, reagiu o partido Novo em nota.
A legenda lembra que os demais pré-candidatos, Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL), Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (União) estão com os nomes na Wikipedia. O partido iniciou uma campanha nas redes sociais para que os apoiadores de Marina participem do debate aberto ao público no processo iniciado na enciclopédia digital.
Nas primeiras vezes que o verbete foi criado, em junho de 2022 e dezembro de 2023, a derrubada foi automática. O editor colaborador que falou com a Coluna do Estadão afirmou que isso ocorreu por enquadramento em “biografia sem relevo enciclopédico”.
Em fevereiro deste ano, a equipe de Marina Helena incluiu novamente, desta vez com mais links para consulta sobre a relevância do nome. O perfil caiu no filtro de avaliação em abril e o processo em debate foi aberto.
A biografia destaca, dentre outras informações, que Marina Helena obteve 50.073 votos para deputada federal é 1ª suplente por SP, e foi dirigente nacional do Partido Novo. Complementa: “Marina comandou a Secretaria Especial de Desestatização e Desinvestimento, a convite do Ministro Paulo Guedes durante o mandato do presidente Jair Bolsonaro, e foi responsável por coordenar a elaboração de um plano de governo pra cidade de São Paulo em 2020. Marina foi CEO do Instituto Millenium[10] e fundadora do movimento “Brasil Sem Privilégios”.
