EXCLUSIVO PARA ASSINANTES
Foto do(a) coluna

Coluna do Estadão

| Por Roseann Kennedy

Roseann Kennedy traz os bastidores da política e da economia

Zeca Dirceu diz que vai para a briga por possível vaga ao Senado

Nos bastidores, deputado promete insistir para concorrer em eleição suplementar se Sergio Moro for cassado

PUBLICIDADE

Foto do author Julia Lindner
Foto do author Roseann Kennedy

O líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), afirmou que não abre mão de disputar uma eventual eleição suplementar ao Senado pelo Paraná caso o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) seja cassado pela Justiça.

Deputado Zeca Dirceu (PT-PR), líder do PT na Câmara dos Deputados. 27-06-2023  Foto: Wilton Junior - Estadão

PUBLICIDADE

O comentário, presenciado por um grupo de parlamentares, foi feito ao líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). “Se quiserem briga, vai ter briga”, afirmou o filho do ex-ministro José Dirceu, segundo relatos.

Uma eleição suplementar para uma das vagas paranaenses no Senado, no entanto, ainda é mera especulação. A decisão sobre o processo de Moro não tem data para ocorrer e deve ficar para ano que vem.

Congressistas do Paraná avaliam que Zeca deve ter uma estratégia por trás da insistência em disputar a possível eleição suplementar.

Altamente ligada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, é outra interessada no posto e tem o apoio da primeira-dama Janja da Silva. Para parlamentares do Estado de Zeca, o líder do PT pode querer, na verdade, tentar se cacifar para concorrer à prefeitura de Curitiba em 2024.

Publicidade

REAÇÃO

O senador Sergio Moro falou à Coluna que considera ditatorial e desrespeitosa a atitude dos petistas, brigando por uma vaga que nem existe.

“O PT tem dificuldade com a oposição e quer resolver à moda venezuelana. É um desrespeito à Justiça Eleitoral e a 1,9 milhão de eleitores paranaenses. Vamos ouvir María Corina Machado no Senado, para nos informar sobre essas práticas autoritárias. No processo, sigo tranquilo quanto às leis e aos fatos”, afirmou.

Moro faz referência a María Corina Machado que era uma das pré-candidatas favoritas para as eleições presidenciais de 2024 na Venezuela. A ditadura do país tornou-a inelegível, na noite da sexta-feira, 30, por 15 anos.

Em maio, quando o presidente venezuelano Nicolás Maduro veio ao Brasil, Moro apresentou um requerimento para a realização de audiência pública, na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado Federal, com a opositora. Agora, quer aumentar a pressão pela oitiva. Porém, o Senado vai entrar em recesso a partir de 18 de julho e só retomará as atividades em primeiro de agosto.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.