Comissão de Segurança Pública da Câmara aprova dois requerimentos de audiência pública com Elon Musk

Empresário é convidado à prestar esclarecimento sobre denúncia de supostos abusos de autoridade cometidos por agentes públicos brasileiros e para discutir sobre ‘Twitter Files’

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Foto do author Rafaela  Ferreira

BRASÍLIA - A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou, nesta sexta-feira, 23, dois requerimento que convidam o empresário dono da rede social X (antigo Twitter) e Tesla, Elon Musk, a comparecer à Casa. Com aprovação dos convites, resta saber se Musk participará das audiências públicas.

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O primeiro requerimento estabelece que o bilionário compareça à Câmara, em caráter de urgência, para que sejam prestados esclarecimentos sobre denúncia veiculada na imprensa de supostos abusos de autoridade cometidos por agentes públicos brasileiros contra a X Corp., empresa do empresário. Segundo texto, de autoria do deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), as práticas narradas pelo empresário, em tese, configuram o crime de abuso de autoridade disciplinado.

”Compete à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado o recebimento, a avaliação e a investigação de denúncias que afetem a segurança pública. Além disso, compete também à CSPCCO a colaboração com entidades não-governamentais na qual se inclui a rede X (Twitter)”, diz ele.

Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados  Foto: WILTON JUNIOR

Já o pedido do deputado Delegado Fabio Costa (PP-AL) convida Musk e Michael Shellenberger, ativista e jornalista norte-americano, para discutir os “Twitter Files Brazil” e possíveis ações ilegais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na rede social. No requerimento, o deputado argumenta haver “gravidade da situação”, afirmando que “membros da plataforma alertaram sobre ameaças de pesadas multas por parte do TSE, caso suas demandas não fossem atendidas.

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“Tais ações, se comprovadas, representam uma flagrante violação dos direitos constitucionais e dos princípios do Estado Democrático de Direito”.

“Uma audiência pública se faz imperativa para promover a discussão aberta e transparente dessas questões, permitindo a participação de especialistas, representantes do TSE, parlamentares, membros do Ministério Público e demais envolvidos.”

No começo de abril, a X Corp. afirmou que foi “forçada” por decisões judiciais a bloquear contas no Brasil. Desde então, Musk acusa o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Morais, de promover uma censura no Brasil. Em resposta, o ministro incluiu o bilionário como investigado no inquérito das milícias digitais por “dolosa instrumentalização” da rede social.