Ao lado das urnas eletrônicas, as pesquisas de intenção de voto são outro alvo preferencial de muita desinformação. Mas você sabe como elas são feitas? Uma pesquisa de intenção de voto é sempre feita sobre determinada amostragem do público-alvo, atendendo às suas características no que diz respeito a gênero, raça e religião, entre outras especificidades da população brasileira.
Por isso, dentro do universo em geral de 2 mil pessoas ouvidas nas pesquisas é como se fosse reproduzido um mini-Brasil. Então, se no País há mais mulheres do que homens, por exemplo, os pesquisadores também precisam ouvir mais eleitoras do sexo feminino, e assim por diante.
Como não é possível entrevistar toda a população brasileira sobre sua intenção de voto, as pesquisas têm margem de erro. E isso costuma ser usado por seus críticos como justificativa para a invalidade delas. A margem de erro é uma espécie de “probabilidade de equívoco” dentro da pesquisa.
Se a pesquisa tiver margem de erro de 2 pontos porcentuais, significa que um candidato A que obteve 30% das intenções de voto poderá ter, na verdade, entre 28% e 32%, que é margem de erro para mais e para menos. No mesmo cenário, um candidato B que fez 26% estará tecnicamente empatado com o candidato A, já que o primeiro pode oscilar para baixo e o segundo para cima, deixando ambos com 28% das intenções de voto.
Estadão nas eleições
O formato utilizado, o questionário aplicado e a metodologia variam de um instituto de pesquisa para outro, o que pode levar a números diferentes. Isso, no entanto, não é necessariamente um problema, como mostra o cenário atual de estabilidade da corrida presidencial.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.