A disputa pelo governo de São Paulo reúne candidatos com perfis diferentes e trajetórias distintas na política, onde ocuparam diversos cargos nas esferas municipal, estadual e federal, tanto no Executivo como no Legislativo. Pesquisa Ipec (ex-Ibope) divulgada nesta terça-feira mostrou que o ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) se mantém na liderança com 34% das intenções de voto, seguido de Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 24%, e Rodrigo Garcia (PSDB), com 19%.
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Os demais candidatos, Vinicius Poit (Novo), Gabriel Colombo (PCB), Antonio Jorge (DC), Elvis Cezar (PDT), Carol Vigliar (UP), Altino Júnior e Edson Dorta (PCO), têm 1%.
Ex-prefeito da capital, Fernando Haddad fortaleceu apoios com o centro na esperança do PT de chegar ao Palácio dos Bandeirantes pela primeira vez. Além do ex-governador Geraldo Alckmin (hoje no PSB), tem ao seu lado a ex-ministra e candidata a deputada federal Marina Silva (Rede) e o também ex-governador Márcio França (PSB). Por estratégia política, a campanha petista repete no Estado a polarização do plano nacional.
O carioca Tarcísio de Freitas, de 47 anos, foi o escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para representá-lo na disputa pelo governo de São Paulo. Ex-ministro da Infraestrutura, ele decorou, em pouco tempo, os principais problemas do Estado, especialmente nas áreas de mobilidade e logística, que lhe são mais favoráveis.
O governador Rodrigo Garcia, um ano e meio depois de se filiar ao PSDB após quase três décadas no PFL/DEM, tem a responsabilidade de manter os tucanos com algum destaque na política nacional e preservar a hegemonia da legenda em São Paulo. Na primeira eleição que o PSDB não contou com um candidato próprio à Presidência da República, o sucessor de João Doria no Palácio dos Bandeirantes tornou-se a prioridade número 1 do partido no País.
Fora da disputa por um lugar no segundo turno de acordo com as pesquisas de intenção de voto, estão Vinicius Poit (Novo) e Elvis Cezar (PDT).
Deputado federal em primeiro mandato, Vinicius Poit seguiu à risca durante a disputa pelo governo de São Paulo todas as bandeiras do Novo: propôs reduzir a carga tributária no Estado, apoiar o empreendedorismo, ampliar concessões de estatais, incluindo da Sabesp, e até mesmo implementar um sistema público-privado para a administração penitenciária. Mas, se, em 2018, o discurso antipolítica e antissistema teve forte apelo no eleitorado, dessa vez não surtiu o efeito esperado.
Elvis Cezar foi prefeito de Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo por dois mandatos consecutivos. Depois disso, passou a traçar novos planos para a carreira política. Filiado ao PSDB por mais de uma década, buscou uma nova sigla, o PDT, e agora disputa o governo do Estado. O destaque que deu para a gestão em Santana de Parnaíba marcou sua campanha ao governo do Estado.
Quem vai ganhar as eleições? Acompanhe a apuração dos votos em tempo real, a partir das 17 horas.
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