Márcio França (PSB) chega com 41% dos votos válidos para o Senado; Marcos Pontes (PL) marca 31%

Pesquisa Ipec aponta vitória do ex-governador; eleição para vaga única é disputada por 11 concorrentes

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Por Redação
Atualização:

O ex-governador Márcio França (PSB) chega ao dia da votação neste domingo, 2, à frente na disputa pelo Senado. Segundo pesquisa Ipec, ele soma 41% dos votos válidos, seguido pelo ex-ministro Marcos Pontes (PL), com 31%, em mais uma eleição polarizada entre apoiadores do ex-presidente Lula (PT) e o atual, Jair Bolsonaro (PL).

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Ao todo, 11 candidatos concorrem neste ano à única vaga disponível. Em terceiro lugar, aparecem empatados Edson Aparecido (MDB), Janaina Paschoal(PRTB) e Aldo Rebelo (PDT), todos com 5% dos votos válidos. Ricardo Mellão (Novo) e Vivian Mendes (UP) somam 3% e Antônio Carlos (PCO), 2%. Tito Bellini (PCB), Dr. Azkoul (DC), Mancha Coletivo Socialista (PSTU) marcaram 1%, de acordo com o Ipec divulgado neste sábado, 1º.

Ao longo da campanha, além de temas nacionais, como combate à corrupção e revisão do pacto federativo, os concorrentes firmaram compromissos nas áreas da saúde. No pós-pandemia, promessas de atualização da Tabela Sistema Único de Saúde (SUS), usada para definir valores de transferências do governo federal para custear tratamentos nos Estados e municípios, foram contempladas por França e Aparecido, por exemplo.

Ex-ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações da gestão Bolsonaro, Pontes priorizou projetos de profissionalização de jovens para reduzir a taxa de desemprego. Ao todo, 11 candidatos disputam a vaga que atualmente é ocupada por José Serra (PSDB), que não tentará a reeleição e concorre para deputado federal. Os outros dois senadores de São Paulo são Mara Gabrilli (PSDB) e Giordano (MDB), com mandatos até 2027.

> Quem vai ganhar as eleições? Acompanhe a apuração dos votos em tempo real, a partir das 17 horas.

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Márcio França (PSB)

O ex-governador e atual candidato pelo PSB ao Senado Márcio França Foto: MARCELO CHELLO/ESTADÃO

Tem 59 anos e é advogado formado pela Universidade Católica de Santos. Ocupou o cargo de secretário de Turismo de São Paulo. Foi governador de 2018 até 2019, após ser eleito vice na chapa de Geraldo Alckmin. França também foi prefeito de São Vicente por dois mandatos e deputado federal.

Neste ano, cedeu à pressão do PT e aceitou abrir mão da candidatura ao governo do Estado para concorrer ao Senado na chapa de Fernando Haddad (PT). Apresenta uma agenda mais conservadora do que seus companheiros de coligação, em especial o PSOL. “Quando me perguntam se sou de esquerda ou direita, eu digo que sou a direita da esquerda. Ou a esquerda da direita”, afirmou em recente entrevista ao Estadão.

Propostas: Quer aumentar o número de creches e ampliar as vagas nas universidades. Defende ainda a correção da Tabela SUS e zerar o ICMS da carne no Estado.

1º suplente: Juliano Medeiros (PSOL)

2ª suplente: Dora Fehr (PSB)

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Marcos Pontes (PL)

Marcos Pontes conta com o apoio do presidente Bolsonaro para ser eleito Foto: MAURO PIMENTEL/AFP

Nasceu em Bauru e tem 59 anos. É engenheiro aeronáutico formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Ficou conhecido por ser o primeiro astronauta brasileiro a ir para o espaço em 2006, quando partiu para a Estação Espacial Internacional a bordo da nave russa Soyuz TMA-8. Em 2018, foi eleito segundo suplente do então senador Major Olimpio, morto vítima de covid-19. Foi ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações do governo Bolsonaro de 2019 a 2022.

Propostas: Aumentar o número de creches, reajustar o salário dos policiais militares, trabalhar pela reforma tributária, estimular parcerias com empresas e instituições de ensino estrangeiras e financiar mais pesquisas. Buscar integração de planejamentos urbanos nas cidades segundo a vocação regional.

1º suplente: Professor Alberto (PL)

2ª suplente: Sirlange Manga (PL)

Janaina Paschoal (PRTB)

Deputada estadual Janaina Paschoal busca atrair parte do bolsonarismo em São Paulo para a sua campanha Foto: MARCELO CHELLO/ESTADÃO

Tem 48 anos, é advogada e professora na Universidade de São Paulo (USP), onde ministra disciplinas relacionadas ao Direito Penal, além de Segurança Pública, Biodireito e Religião. Trabalhou na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo e no Ministério da Justiça; também exerceu a Presidência do Conselho Estadual de Entorpecentes de São Paulo. Foi uma das autoras do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em 2018, foi eleita deputada estadual com mais de 2 milhões de votos.

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Preterida pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na chapa de Tarcísio de Freitas (Republicanos), que é o candidato do Planalto para o governo de São Paulo, indicou seus irmãos como suplentes e diz temer um atentado contra sua vida em um eventual mandato, o que justificaria sua decisão.

Propostas: É a favor da redução do número de parlamentares e da defesa das liberdades (religiosa, de expressão e de manifestação). Defende maior transparência com as contas públicas e responsabilização de políticos que usam a Justiça com desvio de finalidade.

1ª suplente: Nohara Paschoal (PRTB)

2º suplente: Jorge Paschoal (PRTB)

Edson Aparecido (MDB)

Ex-secretário de Saúde da capital, Edson Aparecido não decolou nas pesquisas de intenção de voto até agora Foto: MARCELO CHELLO/ESTADÃO

Formado em História, é ex-deputado estadual e federal. Foi secretário de Desenvolvimento e Gestão Metropolitana do Estado de São Paulo e da Casa Civil. Chefiou ainda a pasta da Saúde da capital nas gestões Bruno Covas e Ricardo Nunes.

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“O País precisa discutir um novo pacto federativo. Cabe a discussão de mudanças na legislação eleitoral”, disse em recente entrevista ao Estadão.

Propostas: Lei da Nova Tabela SUS para garantir reajuste anual no repasse do governo federal para consultas, exames e cirurgias e ampliar o atendimento nas Santas Casas e hospitais filantrópicos. Construir mais clínicas para o cuidado com os animais.

1º suplente: Augusto Castro (MDB)

2º suplente: Elsa Oliveira (Podemos)

Aldo Rebelo (PDT)

Ex-ministro de gestões petistas, Aldo Rebelo tenta vaga no Senado agora pelo PDT Foto: MARCELO CHELLO/ESTADÃO

Tem 66 anos e nasceu em Viçosa (AL). Antes de entrar na política eleitoral, foi secretário-geral e presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE). Foi eleito seis vezes consecutivas deputado federal. Foi presidente da Câmara dos Deputados, onde comandou a CPI da CBF/Nike (1999). Ocupou os cargos de ministro da Defesa (2015-2016), de Ciência e Tecnologia (2015), do Esporte (2011-2014) e da Secretaria de Coordenação Política e Relações Institucionais do Governo (2004-2005).

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“Foi um grave erro o TSE convocar as Forças Armadas”, afirmou o ex-ministro da Defesa ao Estadão.

Propostas: Defende que ONGs passem a prestar contas sobre suas fontes de financiamento e quer estimular o investimento privado e público, principalmente em infraestrutura. Apoia o aperfeiçoamento dos militares e a valorização das Forças Armadas.

1ª suplente: Embaixadora Maria Auxiliadora (PDT)

2º suplente: Antonio Carlos Fernandes Jr. (PDT)

Ricardo Mellão (Novo)

Ricardo Mellão é deputado estadual em primeiro mandato pelo Novo Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO

Tem 37 anos e é advogado especialista em Direito Administrativo. Na Prefeitura da capital, trabalhou como supervisor de Esportes e Lazer, na Regional da Casa Verde, e chefe de gabinete e coordenador de administração em finanças na Subprefeitura de Parelheiros. Foi eleito deputado estadual em 2018.

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“O PT teria sido pior do que Bolsonaro”, afirmou ao Estadão no mês passado.

Propostas: Quer mais empreendedorismo e emprego, fiscalizar STF, governo e Congresso Nacional e lutar pelas reformas Política, Administrativa e Pacto Federativo. Defende o fim do foro privilegiado para deputados e senadores.

1º suplente: Rodrigo Fonseca (Novo)

2ª suplente: Isabel Teixeira (Novo)

Vivian Mendes integra a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos Foto: Késsis Soares / Divulgação - 16/09/2020

Nasceu em São Paulo, tem 41 anos e é formada em Comunicação Social pela Unesp. Feminista, é fundadora do Movimento Olga Benario Brasil. Integra a Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos.

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Propostas: Defende a revisão imediata da Lei da Anistia, a Reforma Agrária Popular contra a fome, a Reforma Urbana pela moradia, a suspensão do pagamento da dívida pública e a revogação do teto de gastos e das reformas da Previdência e Trabalhista.

1ª suplente: Cris Damasio (UP)

2º suplente: Marcio Alves (UP)

Prof. Tito Bellini (PCB)

Prof. Tito Bellini defende o serviço de Saúde 100% público Foto: Divulgação

Nasceu em Santos e tem 46 anos. É professor de História da América na Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Já disputou as eleições - e perdeu - para prefeito de Franca em 2008 e para vice-prefeito em 2020.

Propostas: Defende a reversão do teto de gastos, da lei de responsabilidade fiscal e da lei das estatais. Pretende fortalecer os Correios como empresa pública e estatal estratégica. Defende o serviço de Saúde 100% público e estatal.

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1º suplente: Ernesto Pichler (PCB)

2º suplente: Felipe Queiroz (PCB)

Dr. Azkoul (Democracia Cristã)

Dr. Azkoul é delegado de Polícia em São Paulo Foto: Divulgação

É delegado de Polícia de São Paulo, especialista em Direito Constitucional. Em 2016, foi candidato a vereador em São Paulo pelo PRB - não foi eleito

Propostas: Reforma do ensino básico e do Judiciário, unificação das polícias, combate ao feminicídio, incentivo ao empreendedorismo, com ênfase no turismo

1º suplente: José Carlos Eymael (DC)

2º suplente: Armando Barreto (DC)

Mancha Coletivo Socialista (PSTU)

Mancha, do PSTU, é ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos Foto: Divulgação

O sindicalista Luiz Carlos Prates é mais conhecido como Mancha. Foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) e um dos fundadores do PSTU. Já concorreu aos cargos de vereador e vice-prefeito em São José dos Campos, deputado estadual, governador e senador.

Propostas: Defende o piso nacional dos trabalhadores da Enfermagem, a revogação do teto de gastos e a expropriação de 315 bilionários e grandes empresas no Brasil.

1ª suplente: Dra. Eliana Ferreira (PSTU)

2ª suplente: Soraya Misleh (PSTU)

Antônio Carlos (PCO)

Candidatura foi considerada não regular e o pedido de registro julgado indeferido. Recurso aguarda julgamento.

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