BRASÍLIA - Partidos de oposição pressionam o Conselho de Ética do Senado a abrir um processo de cassação contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, após a prisão de Fabrício Queiroz, seu ex-assessor na época em que foi deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Pedidos para o colegiado apurar a conduta do parlamentar estão parados desde fevereiro.
A Rede Sustentabilidade formalizou uma cobrança ao presidente do Conselho de Ética, Jayme Campos (DEM-MT), para que ele dê andamento à representação feita contra Flávio. O pedido está relacionado às investigações sobre "rachadinha" no gabinete de Flávio na Alerj, o mesmo motivo que levou à prisão de Queiroz.
No ofício, o porta-voz da Rede, Pedro Ivo Batista, pede a imediata análise da admissibilidade da representação contra Flávio, que pode resultar da cassação do senador, e a instalação de um processo de afastamento do parlamentar do cargo de 3º secretário da Mesa Diretora do Senado.
A representação contra Flávio Bolsonaro no Conselho de Ética, feita pela Rede, PSOL e PT, aguarda parecer da Advocacia do Senado desde fevereiro. Esse documento é necessário para o presidente do colegiado decidir dar andamento ao pedido. Em março, o Senado interrompeu as atividades de comissões em função da pandemia de covid-19.
Procurado, o presidente do Conselho de Ética ainda não se manifestou sobre o assunto.
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