Cotado para vaga de Dino, Lewandowski viaja com Lula a Emirados Árabes

Ministro aposentado do STF integra a lista dos cotados para a cadeira do ministro da Justiça

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Foto do author Vera Rosa
Atualização:

BRASÍLIA – O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski viajou nesta segunda-feira, 27, para os Emirados Árabes, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, integrando a comitiva que participará da 28.ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP-28). Lewandowski é um dos nomes cotados para assumir o Ministério da Justiça no lugar de Flávio Dino, indicado para o Supremo.

Lula sempre gostou muito de Lewandoswski, que deixou o STF em abril, ao completar 75 anos, sendo substituído por Cristiano Zanin. O nome do ministro aposentado é lembrado há tempos para o primeiro escalão, mas Lula também quer conversar com ele, durante a viagem, sobre a conveniência de dividir o Ministério da Justiça e criar a pasta da Segurança Pública. Ainda não há acordo sobre essa repartição dentro do governo.

Lewandowski é amigo de Lula e está aposentado pelo STF desde abril. Foto: Antonio Augusto/TSE Foto: Antonio Augusto/TSE

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Nas fileiras do PT, os nomes citados para o lugar de Dino são os do ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o do coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio Carvalho.

Se depender do próprio Dino, porém, o indicado será o secretário-executivo Ricardo Capelli, integrante do comitê que acompanha a execução do decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para combate ao crime organizado no Rio. Capelli e o PT travam uma disputa de bastidores pelo comando do Ministério da Justiça. Como mostrou a Coluna do Estadão, a avaliação entre ministros do Supremo é que o assessor de Dino não está a altura do cargo.

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O Estadão apurou que uma ala da própria equipe econômica “lançou” a ministra do Planejamento, Simone Tebet, como candidata à cadeira de Dino, sob o argumento de que seria importante ter uma mulher à frente da pasta. Nesse modelo, porém, a Segurança Pública ficaria separada da Justiça.

A ideia teria sido ventilada com o objetivo de trocar Tebet, que é advogada, por um nome técnico no Planejamento. Mas a cúpula do MDB, partido da titular do Planejamento, duvida que o PT aceite ceder a Justiça, mesmo que desidratada.

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