BRASÍLIA - Criticado até mesmo por seguidores por ter viajado para o Catar enquanto apoiadores do presidente Jair Bolsonaro pegam chuva na porta de quartéis, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) gravou um vídeo para se justificar. Em rede social, o parlamentar aparece mostrando uma mão cheia de pen drives. Diz que ali estão vídeos em inglês sobre a situação do Brasil.
“Espero que você não creia que aqui no Catar só se fala em Copa do Mundo. Só para lembrar para você que a Fifa em mais membros do que as Nações Unidas. A imprensa inteira está aqui”, justificou o filho do presidente. Ele apareceu durante uma transmissão do jogo do Brasil contra a Suíça no meio da torcida abraçado a um boneco.
Em nota, a Câmara declarou que o deputado “informou, no dia 23 de novembro, à Presidência da Câmara dos Deputados que ficará ausente do país entre os dias 23 de novembro e 5 de dezembro, quando estará em viagem de caráter particular ao Oriente Médio”. De acordo com a Casa Legislativa, a viagem dele não foi bancada com recursos públicos. “Não há ônus para a Casa”, afirmou a instituição.
“Será que você não consegue perceber a importância da comunicação internacional?”, indaga Eduardo, no vídeo dirigido a seus apoiadores. O deputado completa sugerindo que é preciso pesar as coisas e os riscos da “esquerda” em relação à liberdade de expressão antes de se bater palmas só porque ele apareceu no Jornal Nacional.
Como mostrou o Estadão, além de Eduardo Bolsonaro, também viajaram para o Catar o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e deputados do União Brasil foram ao País assistir aos jogos da Copa do Mundo. Em um registro feito nas redes sociais, o ministro de Jair Bolsonaro (PL) aparece assistindo ao jogo do Brasil contra Suíça no Estádio 974, em Doha, ontem, 28. O principal líder do PP posou para uma foto ao lado do vice-presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e dos deputados Paulo Azi (União-BA) e José Rocha (União-BA). Rocha e Paulo Azi, que é presidente do União Brasil na Bahia e coordena o Conselho de Ética da Câmara, disseram que foram ao país árabe com recursos próprios e que não viajaram junto com Ciro Nogueira.
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