A três finais de semana do segundo turno das eleições municipais, o levantamento divulgado pelo Datafolha nesta quinta-feira, 10, aponta o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) à frente da disputa, com 55% das intenções de voto.
Concorrendo com ele, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) aparece com 33% das menções do cenário estimulado, em que os nomes da dupla são apresentados para os entrevistados.
Segundo o levantamento, 10% dos eleitores afirmaram que votariam em branco ou anulariam o voto caso o pleito fosse hoje. Outros 2% não sabem em quem votar.
Este é o primeiro levantamento de segundo turno produzido pelo instituto. Nos anteriores, os cenários testados envolviam também o influenciador Pablo Marçal (PRTB), que perdeu as eleições. No último, divulgado na véspera do primeiro turno, o cenário entre Nunes e Boulos apontava a vitória do atual prefeito, com 52% contra 37% do deputado.
O Datafolha entrevistou 1.204 eleitores de São Paulo entre os dias 8 e 10 de outubro. A margem de erro do levantamento é de três pontos para mais ou para menos, e o nível e confiança é de 95%. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o SP-04306/2024.
Herança de votos
Segundo a pesquisa, Nunes tende a herdar 84% dos eleitores que afirmaram ter votado em Marçal no primeiro turno – enquanto Boulos fica com apenas 4% desse eleitorado.
A transferência dos votos recebidos pela deputada federal Tabata Amaral (PSB), que terminou em quarto lugar com 605.552 votos (9,91% dos válidos), vai 50% para Boulos, enquanto 33% dos eleitores dela migram para Nunes no segundo turno.
Pesquisa espontânea
A pesquisa sobre também apurou as intenções de voto no cenário espontâneo, em que os nomes dos candidatos não é apresentado para os entrevistados. Nele, Nunes tem 41% das menções, ante 29% de Boulos. Outros 2% afirmaram que votariam “no atual” e também 2% votariam “no 15″, em referência ao número de urna de Nunes.
No cenário, 4% dos entrevistados deram outras respostas; 10% votaria em branco ou nulo e 12% não soube responder.
Decisão do voto
A maioria dos entrevistados, 85%, afirmou já estar “totalmente decidida” sobre o voto em seu candidato escolhido. Os outros 15% afirmaram que ainda podem rever e mudar de decisão.
Escolha do candidato
A pesquisa questionou os entrevistados sobre se julgam o candidato que escolheram como “ideal” ou se votarão nele apenas porque “não há opção melhor”. A maioria, 59%, afirmou não haver opções melhores, enquanto para 40%, o candidato é, sim, ideal.
Entre os eleitores de Nunes, 68% julga que vota nele por falta de alternativa melhor, enquanto 31% o consideram ideal. Já entre o eleitorado de Boulos, 56% avalia que o psolista é ideal, enquanto 43% acredita que não há opção melhor.
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