Menos de quatro meses depois de se filiar ao PSB, o apresentador José Luiz Datena assina, nesta quinta-feira, 4, a ficha de filiação ao PSDB. A troca de legenda permitirá que ele aceite a indicação a vice na chapa da deputada federal Tabata Amaral (PSB) na disputa pela Prefeitura de São Paulo, que poderá contar com a aliança com os tucanos. A informação foi confirmada pelo próprio jornalista ao Estadão, que disse que já havia conversa do partido com a deputada nesse sentido há muito tempo. Tabata estará presente no ato, que deve acontecer no início da tarde, em local ainda a ser definido.
“Nosso projeto para São Paulo está cada vez mais forte. Tenho muito orgulho da parceria que venho construindo com o Datena ao longo dos últimos meses. Sua ida para o PSDB fortalece a nossa candidatura e muito me honra”, disse Tabata Amaral.
O presidente municipal do PSDB de São Paulo, José Anibal, não cravou a posição de Datena na campanha, mas também confirmou ao Estadão a chegada dele ao ninho tucano. Outra liderança do partido disse, sob anonimato, que Datena não apresentou “condicionantes” para deixar o PSB e migrar para o PSDB. “Pode ser vice-prefeito ou estar disponível ao PSDB (para ser candidato a prefeito)”, informou.
Com a aliança, Tabata terá mais tempo de propaganda eleitoral durante o pleito. O PSDB conversou com o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), mas o partido avisou que não liberaria o parlamentar. A janela partidária deste ano permite apenas que vereadores troquem de legendas sem punição.
Orlando Faria, coordenador político da pré-campanha da parlamentar reforçou que “Datena deve anunciar amanhã (quinta-feira) que foi para o PSDB para ser vice da Tabata”.
Em 2023, Datena deixou o PDT e entrou para o PSB - atual partido do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, de quem o comunicador é amigo. Datena foi convidado para ser vice na chapa de Tabata Amaral, mas até então não havia dito se aceitaria a empreitada.
Datena permaneceu menos de quatro meses no PSB, sua décima filiação política. O histórico do apresentador acumula 11 siglas, já incluindo o PSDB. A primeira legenda em que ele esteve associado foi o PT, de 1992 a 2015. Desde então, passou por oito siglas em um intervalo de oito anos: PP, PRP (extinto), DEM (hoje, União Brasil), MDB, PSL (fundido ao União), PSC, União Brasil e PDT. Ele nunca foi candidato, mas está de olho em uma das duas vagas no Senado Federal nas eleições de 2026.
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