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Declaração conjunta entre Brasil e China pede protagonismo de países ricos em causa climática

Além do cumprimento do Acordo de Paris, declaração fala em fortalecer multilateralismo dos países do G77 e China

Foto do author Isabella Alonso Panho

A declaração conjunta entre Brasil e China especificamente sobre mudanças climáticas fez um apelo para que países desenvolvidos assumam a liderança em torno da causa. O documento pede que se cumpram os termos do Acordo de Paris, segundo o qual pelo menos US$ 100 bilhões de dólares deveriam ser anualmente destinados pelos países mais ricos ao financiamento de soluções para mitigar a crise climática.

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“Exortamos os países desenvolvidos a honrarem suas obrigações não cumpridas de financiamento climático e a se comprometerem com sua nova meta quantificada coletiva que vai muito além do limite de US$ 100 bilhões por ano e oferecer um roteiro claro de duplicação do financiamento da adaptação”, afirma o comunicado.

No termo do comunicado, também consta o apoio da China para que o Brasil sedie a 30ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30), prevista para 2025.

O documento fala em “responsabilidade histórica” dos países mais ricos sobre a emissão de gases do efeito estufa, razão pela qual “devem assumir a liderança na ampliação das ações climáticas”. O Acordo de Paris foi assinado em dezembro de 2015, durante a 21ª Conferência do Clima (COP21) das Nações Unidas. Depois do Protocolo de Kyoto, de 1977, é o acordo mundial mais importante sobre o tema.

Acordo fala também no fortalecimento do multilateralismo nas negociações mundiais sobre o clima (Foto: Ken Ishii/POOL/AFP) 

Outro ponto que teve destaque no documento é o fortalecimento do protagonismo dos países em desenvolvimento no debate mundial sobre as mudanças no clima. “Estamos determinados a fortalecer ainda mais o multilateralismo, inclusive com todos os nossos parceiros dentro do Grupo dos 77 e da China (G77+China).” A declaração conjunta também reforça o compromisso dos dois países em refutar o unilateralismo e as barreiras verdes, restrições de comércio internacional fundamentadas em questões ambientais.

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