O Comando Militar da Amazônia (CMA) informou, em nota divulgada à imprensa nesta segunda-feira, 6, que tem condições de cumprir missão de busca no caso do desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira na região amazônica, mas que ainda não o fez por não ter sido ordenado pelo Escalão Superior.
A nota foi compartilhada pelo jornalista e colunista do Estadão Pedro Doria. No documento, o Comando afirma que “as ações serão iniciadas mediante acionamento”. O órgão responde diretamente ao Exército Brasileiro, que, por sua vez, responde ao Ministério da Defesa.
Pouco após a divulgação da nota do CMA, o perfil oficial da Defesa no Twitter informou que a pasta está “prestando todo o apoio necessário” nas buscas aos desaparecidos. Segundo o Ministério, um helicóptero do 1° Esquadrão de Emprego Geral do Noroeste deve entrar na força-tarefa nesta terça-feira, 7, além de duas embarcações e uma Moto Aquática.
A Defesa afirmou ainda que a Marinha enviou uma equipe de busca e salvamento para o município de Atalaia do Norte (AM), e que foram realizadas ações nos rios Javari, Itaquaí e Ituí, no interior do Amazonas, durante a tarde da segunda-feira.
Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do britânico The Guardian, estão desaparecidos na região do Vale do Javari, na Amazônia, desde a manhã do último domingo, 5.
O desaparecimento foi denunciado pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari e pelo Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato, que revelaram ainda que Bruno Pereira vinha recebendo ameaças de morte.
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