Delcídio Amaral, delator da Lava-Jato, se lança candidato e declara perda de R$ 2 milhões

Candidato à prefeitura de Corumbá (MS), ex-senador afirmou ter patrimônio de R$ 1,5 milhão; Em 2022,quando tentou a Câmara dos Deputados, seus bens somavam R$ 3,6 milhões

PUBLICIDADE

Foto do author Guilherme Naldis
Por Guilherme Naldis
Atualização:

O ex-senador e candidato à prefeitura de Corumbá (MS), Delcídio Amaral (PRD), declarou uma perda de quase R$ 2 milhões entre 2022 e 2024. Quando foi candidato a deputado federal nas últimas eleições gerais, sem se eleger, ele afirmou à Justiça Eleitoral que tinha uma patrimônio de R$ 3,3 milhões. Neste ano, entretanto, o patrimônio é de, somente, R$ 1,5 milhão.

A mudança na composição de seus bens foi o tamanho de seus investimentos financeiros. Em 2022, ele tinha um depósito judicial de R$ 1,7 milhão em sua conta. Hoje, as aplicações baseiam-se em R$ 217 mil, investidos na infraestrutura e no gado de uma fazenda. O restante do patrimônio permaneceu o mesmo: Delcídio possui terras pastáveis em Corumbá, um terço do Rancho do Vale II, quatro lotes em Caldas Novas (GO), um terço de uma fazenda, um flat e um apartamento em Florianópolis (SC).

Delação de Delcídio relata promiscuidade em Brasília 

PUBLICIDADE

O político foi delator durante a operação Lava-Jato. Em 2014, foi acusado de receber US$ 1 milhão do ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerveró, pela compra da refinaria de Pasadena. Ele foi preso por obstruir as investigações. No ano seguinte, foi libertado e tornou-se o líder do Governo de Dilma Rousseff (PT) no Senado.

Em 2016, fez sua delação premiada e acabou sendo cassado meses depois. Ele mudou-se para Corumbá, e tem tentado retomar sua carreira política no município desde então. Em 2018, ele tentou concorrer ao Senado, mas sua candidatura foi impugnada pela Lei da Ficha Limpa, justamente pela condenação da Lava-Jato.

No pleito geral seguinte, em 2022, o político tentou uma vaga na Câmara, mas não se elegeu. Teve pouco mais de 18 mil votos, ou 1,34% do eleitorado sul-mato-grossense.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.