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Delegados da PF vão processar Eduardo Bolsonaro e Marcos do Val por ataques à instituição

Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal teve reunião na última terça-feira em que decidiu abrir representações contra os parlamentares por quebra de decoro

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Foto do author Guilherme Naldis
Por Guilherme Naldis
Atualização:

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) vai levar representações às Comissões de Ética da Câmara e do Senado contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Marcos do Val (Podemos-ES), por ataques à instituição. A decisão foi tomada em assembleia extraordinária da associação, na última terça-feira, 6.

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“A ADPF tem um longo histórico na defesa das prerrogativas funcionais dos delegados federais. Tornou-se mais que necessário dar uma resposta contra os ataques desenfreados e infundados”, disse Luciano Leiro, presidente da ADPF. A ideia é que os parlamentares respondam por quebra de decoro parlamentar - o que pode resultar, entre outras coisas, em cassação.

O Estadão tentou contatar os dois congressistas, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Eduardo Bolsonaro, deputado federal Foto: Nilson Bastian/Câmara dos Deputados

A ADPF vai processar Eduardo por danos morais, em razão de uma declaração de março deste ano. Na ocasião, ele referiu-se à PF como “cachorrinhos de Moraes”, insinuando uma uma suposta subserviência ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Já do Val Já será alvo de uma notícia-crime enviada ao Diretor-Geral da PF e à Procuradoria-Geral da República por ter usado suas redes sociais para fazer ataques diretos contra o delegado Fábio Alvarez Shor. O policial é responsável por investigações de casos que também são de relatoria de Alexandre de Moraes, chamando o agente de “capataz” de Moraes.

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