Deputado expulso do PL diz que Bolsonaro exigiu sua saída para presidente estadual do partido

Em nota publicada nas redes sociais, o deputado agradeceu ao presidente do partido, Valdemar da Costa Neto, pela amizade

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Foto do author Vinícius Novais

Após ser expulso do Partido Liberal (PL) por organizar evento de apoio a um candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), o deputado federal do Ceará Júnior Mano acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de ser o responsável por sua saída da legenda. Em uma postagem nas redes sociais, Mano agradeceu ao presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, e falou de Bolsonaro. Procurado, o PL não respondeu à tentativa de contato.

Deputado Júnior Mano (PL-CE) ao lado da prefeita eleita de Quitandinha, Dra. Juliana Abreu (PSD) e do ministro da Educação, Camilo Santana Foto: @dra_julianaabreu via Instagram

Mano agradeceu a amizade de Valdemar e disse que o presidente da legenda foi obrigado a expulsá-lo. “Quero expressar minha gratidão ao presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, pela amizade e solidariedade que sempre demonstrou. Reconheço que as decisões que você está sendo obrigado a tomar não refletem seu verdadeiro desejo. Todos sabem que o ex-presidente Bolsonaro está no comando do partido e foi ele quem solicitou minha expulsão”, escreveu na publicação feita neste sábado, 19.

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Na última quarta-feira, 16, Mano promoveu um encontro entre prefeitos para declarar apoio a Evandro Leitão (PT), candidato que concorre à prefeitura de Fortaleza no segundo turno contra André Fernandes (PL). Além de 41 prefeitos, o governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), e o ministro da educação Camilo Santana (PT) também compareceram.

Na sexta-feira, 18, Júnior Mano postou um vídeo relatando sua expulsão. Segundo Mano, o presidente estadual do PL, Carmelo Neto, ligou para ele informando sobre a expulsão. Segundo Mano, Bolsonaro falou com Neto exigindo sua saída.

Como revelou o Estadão, Valdemar conversou com o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), líder do partido na Câmara, e declarou que “era impossível acreditar no que estava vendo”. “Júnior sempre foi parceiro. Parece que o André não pediu apoio a ele e por isso ele teria tomado essa decisão”, afirmou.

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