Deputado se justifica por críticas à posição do PT a favor de Maduro na Venezuela

Reginaldo Lopes (PT-MG) havia publicado a crítica em suas redes sociais na quarta-feira, 16; um dia depois, ele alegou que queria “provocar o pensamento crítico” e fortalecer o partido

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Foto do author Vinícius Novais

O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) se justificou por uma postagem que criticava a posição do Partido dos Trabalhadores (PT) em relação à Venezuela. A publicação, feita nesta quinta-feira, 17, dizia que sua manifestação visava “provocar o pensamento crítico e discutir como podemos fortalecer o PT e o futuro do Brasil” e acrescentava que quem conhece a história da legenda é sua militância.

Questionado sobre as declarações de Lopes, o PT não quis comentar.

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O deputado criticou o PT por sua posição em relação às eleições na Venezuela em uma publicação feita na quarta, 16, depois que o partido assinou um documento do Foro de São Paulo reconhecendo a vitória de Nicolás Maduro nas eleições, mesmo diante das evidências de que o pleito foi fraudado.

Segundo o deputado, essa posição favorável ao ditador venezuelano se distancia do que pensam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e muitos simpatizantes da sigla.

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“A posição do PT sobre Venezuela é desconectada com o que pensa o Lula e a grande maioria dos simpatizantes do PT. Somos um partido conectado com a democracia. A posição do Maduro gera um constrangimento para a América Latina!”, escreveu Lopes na quarta, compartilhando uma reportagem sobre o tema.

Reginaldo Lopes se justificou por ter criticado o partido Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, sob controle do regime, anunciou que o ditador venceu as eleições com 51% dos votos, contra 44% para o adversário Edmundo González, em um processo rodeado de acusações de fraude. A oposição, apoiando-se em documentos divulgados pelo Centro Carter, afirma que González foi o vencedor. Cobrado pela comunidade internacional, Maduro não divulgou as atas de apuração.

Em setembro, Lula declarou não reconhecer os resultados do pleito venezuelano, mas descartou um rompimento diplomático com o regime chavista. “Eu me senti no direito de não reconhecer, porque não estava correto”, disse o presidente em entrevista à Rádio Difusora de Goiânia.

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