A jornalista Cristina Graeml, derrotada no segundo turno da eleição para a prefeitura de Curitiba, anunciou sua desfiliação do Partido da Mulher Brasileira (PMB). A decisão ocorre em meio à sua preparação para disputar uma vaga no Senado ou o governo do Paraná em 2026. Segundo Cristina, a saída do partido simboliza o início de um novo movimento político.
Durante a campanha, o PMB enfrentou divisões internas. A sigla chegou a declarar neutralidade no segundo turno e sofreu críticas de Cristina por falta de apoio, especialmente do diretório nacional. Ela agradeceu apenas às lideranças locais.
Cristina destacou que sua campanha foi marcada por dificuldades financeiras. Sem acesso ao fundo eleitoral, dependia de doações privadas, incluindo R$ 50 mil de Otávio Fakhoury, empresário investigado na CPI da Covid em 2021. Apesar disso, conseguiu uma virada nas pesquisas e chegou ao segundo turno.
Seu discurso anti-sistema e o apoio informal de Jair Bolsonaro, que oficialmente estava com o adversário Eduardo Pimentel, contribuíram para sua ascensão. Bolsonaro chegou a gravar um vídeo declarando torcida por Cristina, embora tenha indicado Paulo Martins como vice na chapa de Pimentel.
Após a derrota, Cristina voltou ao jornal Gazeta do Povo. Mesmo sem vencer, foi considerada um fenômeno eleitoral de 2024, comparada a figuras como Pablo Marçal (PRTB), que também agitou a disputa política na capital de São Paulo. Ela saiu de 2% nas pesquisas para disputar o segundo turno.
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A jornalista já iniciou conversas com partidos como Republicanos, União Brasil e Podemos para consolidar sua futura candidatura.
Cristina criticou duramente o PMB por tentar desestabilizar sua candidatura. Segundo ela, houve tentativas da direção nacional de tirar lideranças locais que apoiavam sua campanha, gerando instabilidade durante o pleito.
Graeml acredita que sua performance em Curitiba a colocou no centro do cenário político paranaense. “Esse foi só o início de um movimento político”, afirmou ao anunciar sua desfiliação.
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