Dilma evita discurso político em posse, exalta Lula e promete instituição desenvolvimentista

Ex-presidente assumiu o cargo sete anos depois de ter sido afastada da Presidência por um impeachment, em contexto político de perda da governabilidade

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Por Redação
Atualização:

Durante seu discurso de posse no Novo Banco de Desenvolvimento, o banco dos Brics, a ex-presidente Dilma Rousseff fez um discurso padrão, passando longe do tom político, apesar de reservar a parte inicial de sua fala para elogiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Olhando para trás, Dilma relembrou a criação do banco em 2014, quando o País sediou a cúpula dos Brics em Fortaleza, e prometeu usar a instituição como ferramenta de desenvolvimento, promoção da inclusão e parcerias.

Elogios a Lula

Durante seu discurso, Dilma exaltou Lula, a quem agradeceu pela confiança de colocá-la no posto. “O presidente Lula é um líder mundialmente respeitado pelo seu legado e realizações”, afirmou Dilma. De acordo com ela, o presidente possui compromisso com os países mais pobres e emergentes. A ex-presidente também afirmou que desde a criação do banco, em 2014, durante a sua gestão como presidente do Brasil, tem “acompanhando de perto o progresso do banco e seus esforços para o financiamento da infraestrutura e do desenvolvimento sustentável.”

O presidente Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff no Novo Banco do Desenvolvimento, em Xangai. Foto: Ricardo Stuckert

Discurso técnico

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Dilma lembrou que os Brics têm uma população combinada de 3 bilhões de pessoas e um PIB que ultrapassa os US$ 3 trilhões. Por isso, diante deste contexto, o grupo tem “posição única para liderar em direção a um modelo de desenvolvimento compartilhado para todos”. Dilma diz enxergar o banco dos Brics como uma ferramenta para o desenvolvimento, um exemplo de multilateralismo e afirmou que a entidade vai promover a inclusão, sem dar no entanto pistas públicas sobre como isso ocorrerá.

A ex-presidente ainda afirmou que o banco terá compromisso com o meio-ambiente e a agenda climática e, por isso, apoiará estratégias de desenvolvimento sustentável dos países que compõem o bloco. “O NDB tem o potencial de ser um líder global no financiamento de projetos que abordem os desafios mais urgentes de nosso tempo”, afirmou.

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