Disputa acirrada por espólio de Bolsonaro entre Tarcísio, Michelle e Marçal, aponta pesquisa CNT/MDA

Jair Bolsonaro tem reforçado nas últimas semanas que é o nome de seu grupo político para a disputa presidencial em 2026. Ex-presidente, no entanto, está inelegível

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Foto do author Gabriel Hirabahasi
Foto do author Caio Spechoto
Atualização:

BRASÍLIA – A briga pelo espólio político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caso ele não seja candidato à Presidência da República em 2026, está acirrada. Há três principais candidatos disputando a preferência dos eleitores de direita, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, 12. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o influenciador Pablo Marçal (PRTB) lideram a corrida entre as pessoas que se consideram de direita.

Jair Bolsonaro tem reforçado nas últimas semanas que é o nome de seu grupo político para a disputa presidencial em 2026. O ex-presidente, no entanto, está inelegível, após ter sido condenado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por causa de uma reunião com embaixadores estrangeiros em julho de 2023 no Palácio da Alvorada e por uso eleitoral das comemorações do 7 de Setembro em 2022.

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República Foto: Wilton Junior/Estadão

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A pesquisa CNT/MDA questionou aos eleitores que se dizem de direita que apontassem quem seria o melhor candidato para 2026. Jair Bolsonaro foi o escolhido por 47,9% dos entrevistados.

O levantamento propôs, ainda, que esses eleitores apontassem quem deveria ser o candidato caso Bolsonaro não possa concorrer. Tarcísio foi o apontado por 22,6% dos entrevistados. Michelle é a favorita de 21,9%. Marçal tem o apoio de 20,3%. O governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), também foram citados como possíveis candidatos, mas com porcentuais mais discretos.

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Dentre os três favoritos, Michelle foi a que mais saltou na preferência dos eleitores de direita do cenário com e sem Bolsonaro. Quando o ex-presidente estava na disputa, ela tinha 5,1% da preferência dos entrevistados. Sem Bolsonaro, ela subiu para 21,9% – um aumento de 16,8 pontos porcentuais. Tarcísio teve um aumento de 12,1 pontos porcentuais, enquanto Marçal subiu 8,9 pontos porcentuais.

O levantamento mostra que na esquerda não há uma disputa acirrada como essa. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o favorito de 60,2% dos eleitores que se dizem de esquerda. Caso ele não seja candidato, o nome do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é o favorito, com apoio de 31,3% dos esquerdistas. O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o prefeito reeleito de Recife, João Campos (PSB), e ex-ministro José Dirceu (PT) também são citados, mas com porcentuais menores que os de Haddad.

Entre os eleitores de centro ou que não sabem se posicionar, Lula tem 26,7% da preferência dos eleitores, enquanto Bolsonaro tem 15,9%.

A pesquisa foi realizada de 7 a 10 de novembro deste ano. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos. O índice de confiança é de 95% – o que significa que há 95% de chance de o estudo estar correto, se considerada a margem de erro. A coleta dos dados foi feita de forma presencial.

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