Sem chegar a um acordo, o Diretório Nacional do PT resolveu, nesta terça-feira, 26, empurrar a decisão sobre fechar aliança com o PSB ou lançar candidatura própria à Prefeitura de Curitiba para a Executiva Nacional, que vai se reunir em abril. O partido está dividido e o imbróglio tem como pano de fundo a disputa entre os deputados Zeca Dirceu e Gleisi Hoffmann, que comanda o PT.
Embora o caso de Curitiba seja o mais emblemático por causa da queda de braço entre Gleisi e Zeca, a cúpula petista também delegou à Executiva Nacional a última palavra sobre a tática eleitoral a ser adotada no Rio de Janeiro, Recife e em João Pessoa.
A prioridade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, neste momento, consiste em obter apoio para sua reeleição, em 2026. A ordem é para que o PT só lance candidatos competitivos ou, então, apoie outros nomes, mesmo que de partidos de direita, desde que a negociação envolva o respaldo dessas legendas para sua campanha a novo mandato.
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“O PT decidiu não decidir sobre aliança ou candidatura própria em Curitiba”, escreveu Zeca no X (antigo Twitter), sob protesto. “Sigo pré-candidato e confiante que a prudência, o bom diálogo, fatos novos, vão proporcionar uma boa solução.”
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Em troca, Ducci promete avalizar a eventual candidatura de Gleisi à cadeira de Sérgio Moro (União Brasil), caso o senador seja cassado e haja uma eleição suplementar para a sua vaga. Só que Zeca também está de olho no assento hoje ocupado por Moro.
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná marcou para 1.º de abril o julgamento das ações que pedem a cassação do senador por abuso do poder econômico. Até lá, o PT não tomará nenhuma decisão e avaliará o cenário.
Além disso, há no partido a percepção de que esse processo contra Moro não termina antes de 2025, uma vez que, qualquer que for o veredicto, ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).