BRASÍLIA - O governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, será o novo presidente do PSDB a partir de fevereiro de 2023. A informação foi confirmada pela legenda e por Leite nas redes sociais. O tucano é uma das principais apostas nacionais da sigla. O gaúcho vai viajar para Brasília na próxima semana e vai ajustar com o atual presidente do PSDB, Bruno Araújo, a passagem do comando.
O governo eleito disse ao Estadão que neste final de ano está concentrado em fazer a preparações para sua gestão no Rio Grande do Sul e que, por isso, só será oficializado no cargo partidário no ano que vem. “Nesse momento estou focado na montagem do governo”, declarou.
Como mostrou o Estadão no início do mês, a expectativa é de que Leite esteja na linha de frente das negociações com outros partidos para discutir uma eventual fusão ou a ampliação da federação do PSDB com o Cidadania, e represente os tucanos caso se consolide um novo bloco com o Podemos e o MDB.
Leite ensaiou concorrer à Presidência pelo PSDB neste ano e até renunciou ao governo do Estado para isso, mas desistiu após um cenário de disputas internas dentro do PSDB e de outros partidos que queriam ser alternativas a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Fora do cargo, mas com o aliado Ranolfo Vieira (PSDB) no comando da máquina estadual, Leite venceu o bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL) no segundo turno e vai voltar a comandar o Palácio do Piratini a partir de 2023.
Mais sobre o PSDB
Desde a eleição de 2018, os tucanos acumulam uma série de reveses. O partido costumava polarizar as eleições nacionais com o PT desde 1994, mas perdeu lugar para o bolsonarismo. Na disputa de 2022, o PSDB deixou de eleger o governador de São Paulo pela primeira vez em 28 anos e ficou com uma bancada diminuta na Câmara, com apenas 13 deputados. Além de Leite, o PSDB também venceu a eleição em Pernambuco, com Raquel Lyra, e no Mato Grosso do Sul, com Eduardo Riedel.
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