Paes e PL estão de olho no PP mesmo com pré-candidatura do partido à prefeitura do Rio

Deputado federal Marcelo Queiroz (PP-RJ) foi oficializado pelo partido para as eleições municipais deste ano

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Foto do author Rayanderson Guerra

RIO – Cobiçado pelas duas principais candidaturas à Prefeitura do Rio de Janeiro, o Progressistas (PP), decidiu, a princípio, lançar candidato próprio ao Executivo carioca nas eleições municipais deste ano. Enquanto o atual prefeito Eduardo Paes (PSD) e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) ainda disputam nos bastidores o apoio do cacique da legenda Ciro Nogueira (PP-PI), o deputado federal Marcelo Queiroz (PP-RJ), nome escolhido para o pleito, trabalha para consolidar o voo solo do PP.

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A pré-candidatura de Queiroz foi selada em um café da manhã no fim de fevereiro entre Queiroz, Ciro Nogueira e o presidente estadual do PP, deputado federal Dr. Luizinho (PP-RJ).

“Café da manhã com nosso presidente Ciro Nogueira e nosso pré-candidato a prefeitura da cidade do Rio de Janeiro Marcelo Queiroz, além de grande colega, deputado federal, que tem todas as qualidades e capacidade técnica de fazer uma grande gestão”, escreveu Luizinho no Instagram após o encontro.

Pré-candidatura de Marcelo Queiroz foi selada em encontro com o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, e o presidente estadual da legenda no Rio, Dr. Luizinho Foto: @doutorluizinho via Instagram

A disputa pela prefeitura do Rio neste ano vai ser marcada pela nacionalização do debate eleitoral. De um lado, Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e pré-candidato apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), busca se desvencilhar da imagem de investigado no esquema de espionagem ilegal apontado pela Polícia Federal (PF) e aposta no eleitorado bolsonarista. Do outro, Paes fortalece a aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao se associar ao petista em anúncios de investimentos federais na cidade e em inaugurações de obras.

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Queiroz quer seguir um caminho alternativo, com foco na discussão sobre temas municipais. De acordo com o parlamentar, o entendimento dentro da legenda é de que há espaço para uma candidatura que discuta as questões da cidade.

“O PP é um partido grande. Sou do partido há quase 20 anos e sempre defendi um protagonismo maior. Fui o deputado mais votado da capital e entendemos que temos chance de buscar uma vaga no segundo turno das eleições. Acreditamos numa estratégia mais municipalista, diferentemente das candidatura expostas, com foco ideológico. A ideia da minha candidatura é trazer uma discussão para o dia a dia do cidadão”, afirmou.

Pré-candidatos de olho no PP

Apesar da sinalização de Ciro Nogueira para uma candidatura própria do partido na capital fluminense, Paes e Ramagem não descartam uma composição com o PP. Aliados dos pré-candidatos dizem que as tratativas sobre as alianças devem se estender até o limite de apresentação das candidaturas. No PL, o entendimento é que Bolsonaro não deve abrir mão de ter um palanque em sua base eleitoral, mas não descarta discutir o posto de vice da chapa em uma eventual aliança.

Já o atual prefeito, para pavimentar seu caminho rumo à reeleição, quando deverá enfrentar um candidato da direita bolsonarista, aposta, desde a campanha presidencial de 2022, no apoio do presidente. A relação de Paes com Lula voltou a se fortalecer no último pleito federal. O prefeito embarcou na campanha petista e intensificou as críticas a Bolsonaro, que tentava a reeleição pelo PL.

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O adversário de Paes mais bem colocado em pesquisas internas do PL e do PT, Ramagem emula o comportamento do ex-presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais: ataca o PT e o presidente Lula, divulga feitos da gestão bolsonarista e compartilha conteúdo de teor ideológico, sem foco nos problemas que afetam o eleitorado municipal.

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