Em entrevista ao programa Roda Viva, o cantor e compositor Caetano Veloso afirmou que deve votar em Lula em 2022, mas que não deixou de apoiar o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes. "Eu já estou de Lula, de certa forma. Meu coração está com Lula e com Ciro", disse o músico.
Caetano já declarou apoio a outros presidenciáveis nas eleições passadas. Em 2009, mostrou que apostava em Marina Silva como a próxima presidente do Brasil, postura que reforçou em outras ocasiões. Já em 2018, declarou abertamente ser eleitor de Ciro Gomes, nome que voltou a ser lembrado pelo cantor. "Fui 'liberalóide' até pouco tempo atrás, não sou mais. Desde o governo do FHC, nas privatizações, já ficava com dúvida”, disse na entrevista.
Caetano também chamou de “suspeitas” as buscas da Polícia Federal contra Ciro e Cid Gomes por supostas propinas em obras do Arena Castelão.
A campanha só começa oficialmente em agosto, mas diversas celebridades já manifestaram suas preferências, dividindo votos sobretudo entre os pré-candidatos do PT e do PDT.
O humorista Fabio Porchat usou as redes sociais no último dia 9 para rebater alegações feitas pelo portal Brasil247 de que ele apoiaria o ex-juiz Sérgio Moro. “Sinto decepcioná-los, mas 2022 eu vou de @cirogomes mesmo”, escreveu.
Também em dezembro, o ator Marcelo Serrado, que de fato apoiou Moro abertamente, publicou nas redes sociais que votará no PT no ano que vem. “Minha 1, 2 3 via é “LulaOficial”, afirmou. Seguidores resgataram fotos em que ele aparece ao lado da atriz Susana Vieira usando uma camisa com a hashtag “morobloco”, quando participou de atos favoráveis ao ex-juiz e em defesa da Lava Jato.
A chef e apresentadora Bela Gil também mostrou que deve endossar Lula no próximo ano. Ela participou do jantar que reuniu Lula e Alckmin pela primeira vez em público desde que teve início a negociação para formar uma chapa. O pai dela, Gilberto Gil, foi ministro do governo petista.
Já o ator e diretor Wagner Moura, que costuma se posicionar de forma crítica ao governo Bolsonaro, afirmou que “se a eleição fosse hoje”, votaria em Lula. Para ele, contudo, o ideal seria um candidato que pudesse dar um “passo adiante”. “Por um tempo eu achei que a Marina Silva representa esse passo adiante, mas eu ainda procuro por esse alguém”, defendeu, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo em outubro deste ano. “Mas agora o momento é de reconstrução da democracia, de políticas públicas que beneficiem a maioria.”