Seja de governadores - eleitos ou em campanha -, siglas partidárias e candidatos ao Planalto derrotados, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) têm angariado apoiadores na corrida do segundo turno. Em menor número, há aqueles que optaram pela neutralidade. Algumas legendas decidiram liberaram associados para escolherem quem quiserem.
Os economistas Pedro Malan, Persio Arida, Edmar Bacha e Arminio Fraga, ligados ao Plano Real, deflagraram apoio à chapa Lula-Alckmin. Os quatro sempre foram alvo das críticas do PT. Entre as motivações para votar em Lula, citaram a defesa da democracia e do meio ambiente, mas também uma oportunidade de aberturas de diálogo precoce sobre política fiscal.
Terceira colocada na disputa pelo Planalto, a senadora Simone Tebet (MDB), anunciou na quarta-feira, 5, voto no petista, que ganhou também o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A tônica da defesa da democracia também esteve presente no aceno dos dois.
Outro derrotado na disputa pela presidência, Ciro Gomes, acompanhou o aceno do PDT a Lula. Rival histórico do PT, o senador José Serra (PSDB) também dirigiu apoio ao petista.
O Cidadania se colocou ao lado de Lula na segunda fase do pleito. A chapa Lula-Alckmin é parte de coligação, que além de PT e PSB, reúne PCdoB, PV, Solidariedade, Psol, Rede, Agir, Avante e Pros.
O MDB, de Tebet, o União Brasil, o Podemos e o PSDB deixaram que filiados tomem decisão individual, sem decisão coletiva. Com isso, políticos que apoiaram a senadora migraram para o lado de Bolsonaro, a exemplo do governador de São Paulo, derrotado na tentativa de reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB).
Ambos do Paraná, os recém eleitos Sérgio Moro (União Brasil), senador, e Deltan Dallagnol (Podemos), deputado federal, declararam voto no presidente. A candidatura de Bolsonaro é fruto de coligação formada por PL, PP e Republicanos.
Estados
Nesta sexta-feira, 7, o governador de Paraíba e candidato à reeleição João Azevedo (PSB) oficializou apoio a Lula. Outros governadores e postulantes ao cargo que acenaram positivamente ao petista foram Fernando Haddad (PT-SP), Renato Casagrande (PSB-ES), Paulo Dantas (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM), Jerônimo (PT-BA), Marília Arraes (Solidariedade-PE), Rogério Carvalho (PT-SE), Décio Lima (PT-SC), Fátima Bezerra (PT-RN), Elmano de Freitas (PT-CE), Carlos Brandão (PSB-MA), Rafael Fonteles (PT-PI) e Helder Barbalho (MDB-PA).
Conforme mostrou a Coluna do Estadão, o comando de campanha de Lula cogitou colocar na mesa de negociação a oferta de apoio a Eduardo Leite (PSDB), na disputa pelo governo gaúcho. Independente da tentativa de aproximação, o candidato tucano anunciou que não abrirá o voto à presidência. Leite disse que seu lado “é o Rio Grande” e que “não se trata de ficar em cima do muro”.
No Rio Grande do Sul, Bolsonaro tem Onyx Lorenzoni (PL). Outros governadores e postulantes ao cargo que apoiam o presidente são Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ratinho Júnior (PSD-PR), Carlos Manato (PL-ES), Rodrigo Cunha (União Brasil-AL), Wilson Lima (PL-AM), Capitão Contar (PRTB-MS), Eduardo Riedel (PSDB-MS), Marcos Rogério (PL-RO), Marcos Rocha (União Brasil-RO), Ibaneis Rocha (MDB-DF), Zema (Novo-MG), Capitão Wagner (União Brasil-CE), Cláudio Castro (PL-RJ), Gladson Cameli (PP-AC), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Mauro Mendes (União Brasil-MT) e Antonio Denarium (PP-RR).
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ACM Neto (União Brasil), que está na disputa pelo governo baiano, não deve declarar apoio para a disputa ao Palácio do Planalto.
No Tocantins, o governador reeleito Wanderlei Barbosa (Republicanos) ainda não se manifestou oficialmente.
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