Veja quando sai a nova pesquisa eleitoral sobre a disputa à Prefeitura de SP

Levantamento de intenções de voto será o primeiro com período de coleta posterior à troca de farpas entre Pablo Marçal e Jair Bolsonaro

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Foto do author Juliano  Galisi
Atualização:

Após a rodada de pesquisas eleitorais da semana passada mostrar mudanças na disputa pelo Executivo da capital paulista, já há data para a divulgação do próximo levantamento a medir os índices de intenção de voto para os candidatos à Prefeitura de São Paulo. A próxima pesquisa a ser divulgada é do instituto Quaest e será publicada na quarta-feira, 28.

O período de coleta é do domingo, 25, até terça-feira, 27. O instituto vai entrevistar 1.200 paulistanos de 16 anos ou mais, de forma presencial. O levantamento, que foi contratado pela TV Globo, está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número SP-08379/2024.

Guilherme Boulos, Ricardo Nunes, Pablo Marçal, Tabata Amaral e Datena são candidatos a prefeito de SP Foto: Felipe Rau/Estadão

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Será a primeira pesquisa da Quaest a medir as intenções de voto do eleitor de São Paulo após o registro das candidaturas. O levantamento anterior da empresa foi divulgado em 30 de julho e apontava, em um dos cenários estimulados, empate triplo entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB), com 20% das intenções de voto, o apresentador José Luiz Datena (PSDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), com 19% cada.

Pablo Marçal (PRTB) aparecia na sequência, com 12%, seguido pela deputada federal Tabata Amaral (PSB), com 5%. Esse cenário estimulado contava com a presença do deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil), com 3% das intenções de voto, mas o parlamentar não seguiu na disputa. Marina Helena, do Novo, teve 3% de menções.

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Novo cenário, nova pesquisa

A pesquisa Quaest será a primeira a contemplar um período de coleta posterior à indicação de um novo panorama nos índices de intenção de voto para a Prefeitura paulistana. Na semana passada, foram divulgados os levantamentos de AtlasIntel, Datafolha e Paraná Pesquisas sobre o cenário eleitoral na capital paulista. Cada instituto utiliza metodologias próprias, e os porcentuais obtidos por cada empresa não são comparáveis entre si.

Contudo, há dois pontos comuns às três pesquisas: levando-se em conta as respectivas margens de erro dos levantamentos, o empresário e ex-coach Pablo Marçal (PRTB) foi o único entre os postulantes a prefeito a obter ganho real de intenções de voto.

Outra conclusão comum às três pesquisas é que, com o crescimento, o candidato do PRTB já empata tecnicamente com os líderes dos levantamentos. Na pesquisa AtlasIntel, o empate técnico é com Ricardo Nunes (MDB), enquanto Guilherme Boulos (PSOL) está liderança, isoladamente; nos levantamentos de Datafolha e Paraná Pesquisas, o empate dentro da margem de erro é triplo, entre Nunes, Boulos e Marçal.

Pablo Marçal ascendeu nas pesquisas ao ganhar a adesão do eleitorado bolsonarista. Entretanto, na mesma semana, o ex-coach entrou em rota de colisão com o próprio Jair Bolsonaro (PL), que apoia a reeleição de Nunes.

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Diante do crescimento de Marçal, o ex-presidente usou o seu canal no WhatsApp na quinta-feira, 22, para compartilhar um vídeo reunindo diferentes momentos em que o empresário fez declarações contrárias ao ex-presidente. O candidato do PRTB, em resposta, afirmou que ajudou a campanha de Jair Bolsonaro em 2022 com recursos financeiros e apoio estratégico. Nas redes sociais, houve uma troca de farpas pública entre o ex-coach e o clã Bolsonaro.

O advogado Fabio Wajngarten, que representa Jair Bolsonaro na Justiça, relativizou os resultados das pesquisas publicados na semana passada. Para Wajngarten, que comandou a Secretaria de Comunicação Social (Secom) durante a gestão de Bolsonaro, os levantamentos divulgados não refletiam “a verdadeira fotografia eleitoral” da capital paulista. O ex-secretário referia-se ao período de coleta das pesquisas, que é anterior ao racha entre Marçal e Bolsonaro.

A pesquisa Quaest será a primeira a medir se a mobilização de Jair Bolsonaro contra Pablo Marçal surte efeito ou não nos índices de intenção de voto do ex-coach.