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Debate da Gazeta neste domingo não terá ausências após Boulos e Nunes mudarem tática contra Marçal

Datena, que ao lado do prefeito e do candidato do PSOL faltou ao último encontro, também confirmou presença

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Foto do author Pedro Augusto Figueiredo
Foto do author Pedro Lima

Todos os cinco candidatos a prefeito de São Paulo que foram convidados estarão presentes no debate deste domingo, 1º, às 18h, organizado pela TV Gazeta em parceria com o canal MyNews. O evento marca uma guinada na estratégia de Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) e José Luiz Datena (PSDB), que faltaram ao último debate, realizado pela revista Veja, no dia 19 de agosto.

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Os três se queixavam da postura de Pablo Marçal (PRTB), confirmado no evento deste domingo, que na avaliação deles estimula embates para gerar trechos com objetivo viralizar nas redes sociais – no mais famoso deles, o influenciador mostra uma carteira de trabalho para Boulos – no lugar de focar na discussão de propostas.

A aposta era que as ausências tornariam mais difícil para Marçal criar episódios durante o debate e diminuiriam a repercussão do candidato do PRTB nas redes. Na prática, coube a Tabata Amaral (PSB), primeira presença confirmada na Gazeta, rivalizar com o ex-coach.

Boulos, Nunes, Marçal, Tabata e Datena: candidato a prefeitura de SP Foto: Felipe Rau/Estadão

Ao menos do ponto de vista das pesquisas eleitorais, a tática não surtiu efeito: Marçal cresceu fora da margem de erro tanto no Datafolha quanto na Quaest e está empatado tecnicamente com Boulos e Nunes na liderança dos dois levantamentos.

Segundo a TV Gazeta e o MyNews, as regras seguem as mesmas acordadas previamente com as campanhas. Porém, em uma agenda durante a semana, Nunes afirmou que houve uma “readequação”. “A gente recebeu por parte da Gazeta uma informação importante de que readequaram as regras, que terá ali o cumprimento das regras. Portanto, havendo cumprimento das regras, realmente fazer o debate. O que a gente não gostaria é de ter um palco para ataques”, disse o prefeito.

Segundo apurou o Estadão, não haverá plateia assistindo ao embate, apenas jornalistas credenciados. Cada candidato tem direito ao acompanhamento de dois assessores, que poderão acessar o palco durante os intervalos. Caso algum participante volte atrás e desista de participar, os púlpitos serão mantidos, marcando as ausências dos candidatos.

Também está proibida a apresentação ou exibição de documentos, e fica vetada a retransmissão do debate nas redes sociais dos candidatos ou gravações próprias. Marçal e sua equipe fizeram as duas coisas nos encontros anteriores.

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O debate terá cinco blocos. Os candidatos se alternarão entre fazer e responder a perguntas dos adversários, de jornalistas, de internautas e comentar temas sorteados, como segurança, zeladoria, mobilidade, educação, saúde, meio ambiente e economia. O último bloco será destinado às considerações finais.

Em entrevista ao Flow Podcast na quarta-feira, 28, Marçal disse que deverá manter sua estratégia de cortes de vídeos e afirmou que debates que não geram cortes são perda de tempo, usando como exemplo o embate com Tabata durante o evento promovido pela revista Veja.

“A outra pessoa que veio para cima de mim só veio com baixaria de último nível. Aí eu falei: ‘eu não vou cair neste jogo’. Engraçado, não deu um corte, não gerou nada, não dá nada, é como se você perdesse seu tempo ali naquele lugar. Então, como que eu vou gastar meu tempo sendo que aquele tempo pode ser multiplicado? Aí que está o grande lance”, disse ele.

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Um dos assuntos que devem ser abordados por Boulos é a acusação, sem qualquer prova, que Marçal faz de que ele é usuário de cocaína. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o influenciador se baseia em um processo judicial no qual um homônimo do candidato do PSOL, o empresário Guilherme Bardauil Boulos, é réu por ter sido pego portando maconha, não cocaína, em 2001. O nome completo do candidato psolista é Guilherme Castro Boulos.

A campanha do influenciador não confirma se é esse o processo que serve como base da acusação dele contra Boulos, tampouco informa se há outras ações para embasar a acusação.

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