RIO – O PSD vai oficializar neste sábado, 20, o prefeito Eduardo Paes como candidato à reeleição para a prefeitura do Rio de Janeiro. Favorito com folga nas pesquisas de intenção de voto e com um recall político de três mandatos à frente da segunda maior cidade do País, Paes chega ao primeiro dia das convenções partidárias sem um companheiro de chapa.
A alta popularidade e a expectativa de vitória em primeiro turno – a pesquisa Datafolha mais recente aponta Paes com 53% dos votos válidos – garantiu ao prefeito do Rio poder de escolha. Cortejado por PT, PSB e PDT pela vaga de vice na chapa, Paes vai estender a indefinição até agosto, quando se encerra o prazo de registro das candidaturas.
O pano de fundo para a composição da chapa majoritária é a eleição ao governo do Estado em 2026 e a sucessão na prefeitura do Rio. Caso eleito para o quarto mandato em outubro, Paes deve deixar a prefeitura para disputar o Palácio Guanabara e seu vice, o comando do Executivo municipal.
Com a indefinição, a convenção partidária deste sábado deverá ser uma cerimônia pro forma, com a presença de lideranças do PSD e aliados do prefeito. Um dos mais cotados como companheiro de chapa, o deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ), que foi secretário de Paes, também estará presente.
Pedro Paulo participou de uma série de encontros de Paes com autoridades em Brasília nesta semana. O prefeito do Rio cumpre agenda na capital federal. Nas redes sociais, o ex-secretário de Fazenda do Rio compartilhou uma reunião entre ele, Paes e o presidente da Caixa, Carlos Vieira, e outro com a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
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Para pavimentar seu caminho rumo à reeleição, quando deverá enfrentar um candidato da direita bolsonarista, Paes aposta, desde a campanha presidencial de 2022, na volta da aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que no passado já garantiu recursos para as obras da Olimpíada de 2016, para se fortalecer na base progressista do Rio.
O petista não deve comparecer ao evento partidário do PSD. O presidente cobrava de Paes a indicação de um nome do PT para o posto de vice nas eleições municipais. O cargo é considerado estratégico para as pretensões petistas de fortalecimento da sigla no Estado. Por outro lado, o PSD – comandado por Gilberto Kassab – não pretende abrir mão de uma chapa “puro-sangue”.
A decisão de seguir com um nome do PSD não vai influenciar o apoio do PT. Paes recebeu líderes partidários do PT, PDT, PCdoB, Solidariedade, PV e PSD em um almoço nesta segunda-feira, 15. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o presidente do PDT, Carlos Lupi, marcaram presença. As duas siglas se colocaram à disposição para a composição de chapa.
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