O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), alvo de uma denúncia por falsidade ideológica eleitoral, corrupção passiva e lavagem de dinheiro apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) nesta quinta-feira, 23, deixou o comitê de campanha da reeleição do prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB). O anúncio foi feito por Covas no fim da manhã desta quinta, durante visita a obras de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da zona sul da cidade.
“Queria mais uma vez, aqui, ratificar o entendimento de que acredito na inocência do ex-governador”, disse Covas, ao fazer o anúncio. “Depois de 42 anos de vida pública, ele sai com um patrimônio – e hoje não exerce nenhum cargo público – menor do que quando começou suas atividades.”
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“Ele mesmo pediu, para que possa se focar na sua defesa, para se afastar da campanha. Pediu para que eu entendesse esse momento. Pediu o desligamento da coordenação do programa de governo e a gente deseja todo o apoio a ele nesse momento, que eu tenho certeza que ele vai comprovar a inocência dele agora que já foi inclusive denunciado e parte para uma fase muito mais técnica do processo", afirmou o prefeito.
Alckmin procurou Covas na parte da manhã para a conversa em que comunicou sua saída, e a equipe que coordena a campanha de reeleição do prefeito ainda não se reuniu para discutir quem irá substituí-lo na elaboração do programa de governo.
De acordo com o MP-SP, Alckmin recebeu R$ 2 milhões da empreiteira Odebrecht na campanha ao Palácio dos Bandeirantes em 2010 e R$ 9,3 milhões quando disputou a reeleição, em 2014. O ex-governador tucano nega as acusações contidas na denúncia apresentada à Justiça, que segundo ele “não encontram suporte nos fatos”. Alckmin informou, por meio de sua assessoria jurídica, que responderá à Justiça as acusações.