Figurando entre os candidatos "nanicos" à Prefeitura de São Paulo, Marina Helou, filiada à Rede Sustentabilidade, afirmou neste domingo, 15, que sua campanha contribuiu para reforçar as posições do partido frente ao eleitorado.
"Ajudou a gente a mostrar nossa visão de cidade, mostrar que é possível pensar a política com base em evidências, com foco em melhorar a vida das pessoas, dar oportunidades iguais e criar uma cidade sustentável", disse Marina ao Estadão.
Ela chega ao dia da votacão com 1% dos votos válidos na mais recente pesquisa Ibope, patamar que não superou em nenhum dos cinco levantamentos do instituto.
O baixo desempenho, segundo ela, se deve em parte ao cancelamento dos debates eleitorais. Por causa da pandemia, uma série de emissoras cancelou eventos do tipo antes do primeiro turno.
"A gente já sabia que seria muito difícil por conta da disparidade de tempo de exposição que a gente tinha. Eu não era conhecida nas redes sociais, não tinha muitos seguidores, não sou YouTuber", disse ela, em uma referência a seu colega na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) Arthur do Val (Patriota), que também concorre à Prefeitura e se destaca nas redes com seu canal.
Marina evitou dizer se pretende apoiar alguém no segundo turno. Questionada sobre o tema, afirmou ter suas preferências pessoais, mas que a decisão tem caráter "institucional" e seria tomada junto com o partido.
A candidata votou pela manhã na Escola Waldorf Rudolf Steiner, no Alto da Boa Vista, zona sul de São Paulo, onde estudou. "Voltar aqui faz um ciclo na minha história", disse.
Ela chegou acompanhada de seu marido, Felipe González, e dos filhos, Martin e Lara. O mais velho, Martin, disse que votaria "na mamãe" se tivesse idade para isso. Já Lara foi quem, ao longo do trajeto na escola, empunhou a caneta que Marina levou de casa e que usou para assinar seu nome.
Por causa da pandemia, a Justiça Eleitoral orienta que os eleitores levem suas próprias canetas à seção de votação. Outra recomendação é a de, se possível, não levar acompanhantes ou crianças para votar.
A candidata foi interpelada por alguns apoiadores na escola Waldorf. Nos arredores e nas roupas de quem aparecia para votar, porém, os únicos adesivos encampavam o candidato do PSOL à prefeitura, Guilherme Boulos.
Aos 33 anos e formada em Administração Pública pela FGV, a deputada estadual Marina Helou pautou ao longo da campanha temas como combate ao racismo e a promoção de mais mulheres na política. Associada a movimentos de renovação política como Renova BR e Raps, defendeu ainda propostas polêmicas, como a redução da velocidade nas vias é a demolição do Minhocão. Sua chapa tem como vice o jornalista e empreendedor social Marco DiPreto (Rede).
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.