O Novo realizou neste sábado, 2, um encontro nacional em São Paulo, no qual apresentou seus principais candidatos para as disputas eleitorais deste ano. Além do cientista político Luiz Felipe d’Avila, que vai disputar a Presidência, o partido aproveitou para lançar as pré-candidaturas ao governo de Vinicius Poit, em São Paulo, de Romeu Zema, que busca a reeleição em Minas Gerais, e de outros três (Rio, SC e ES).
D’Avila disse que o Novo buscará coligações que defendam uma “agenda modernizadora”, liberando que os Estados busquem alianças nas eleições para o Executivo. “Haverá coligação em Minas Gerais, o governador Zema vai liderar. Ela é importante para assegurar reeleição e maioria na Assembleia Legislativa”, afirmou. Em Minas, Zema discutia uma aliança com o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. A legenda, porém, decidiu lançar a pré-candidatura do senador Carlos Viana no Estado, nesta sexta-feira, 1.
Em sua fala, d'Avila, voltou a defender um discurso anticorporativista e de “pacificação”. Ovacionado pelos participantes, também disse representar a “terceira via” com foco em vencer o “populismo” e romper a polarização entre Lula e Bolsonaro.
“O mais importante é que tenhamos um presidente capaz de modernizar o país com essa agenda reformista que o Brasil precisa, de abertura econômica, principalmente de política ambiental para atrair investimento.” disse durante encontro cheio na sede da Fecomércio, no Bela Vista, em São Paulo.
O pré-candidato também prometeu um governo capaz de “conciliar o agro com o meio ambiente” e assegurar uma reforma tributária e administrativa. Sugeriu, ainda, que um possível governo do Novo tiraria o federalismo do papel. “A descentralização do poder é fundamental para o Brasil voltar a crescer e gerar renda e emprego”, completou.
Durante o evento, que marcou o 6º encontro nacional do partido, os participantes citaram as movimentações de outros postulantes ao Planalto, como os ex-governadores João Doria e Eduardo Leite, no PSDB, e do ex-juiz Sérgio Moro, agora no União Brasil, para ressaltar a “desunião” de outros partidos e vender a ideia de um Novo unido em torno de uma única candidatura. Também criticaram o uso do fundo eleitoral, inchado em 2022 para quase R$ 5 bilhões, em comparação a outros gastos do governo federal.
Com foco na reeleição ao governo, Romeu Zema usou a ocasião para fazer um balanço de sua gestão no Executivo. Ele defendeu ser “pouco provável” que sua reeleição não aconteça, mas que o sucesso nas urnas dependerá do partido não cometer o erro de não estruturar uma bancada de deputados favoráveis ao governo. “Cometemos um erro que tem nos custado até hoje. Dessa vez temos visão distinta”, alegou. “Precisamos de uma bancada para termos um governo que consiga aprovar com mais facilidade projetos para o bem do mineiro.”
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