O senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, telefonou nesta quinta-feira, 19, para dirigentes do partido comunicando que a sigla vai apoiar o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa pela Presidência nas eleições de 2018, informaram ao Estadão/Broadcast dois presidentes estaduais do PP. O anúncio oficial será no próximo dia 26 e deve acontecer com outros partidos do centro: DEM, PR, Solidariedade e PRB - que formam o chamado Centrão. Procurado pela reportagem, Ciro Nogueira disse, no entanto, que o martelo ainda não foi batido. A movimentação do Centrão levou Alckmin a adiar uma viagem de pré-campanha que faria a Minas Gerais. O tucano se reunirá ainda hoje em São Paulo com o prefeito de Salvador, ACM Neto, presidente nacional do DEM. Dirigentes do PP e do DEM vão participar amanhã de um evento na capital paulista que vai anunciar o nome do deputado Rodrigo Garcia (DEM) como candidato a vice-governador na chapa de João Doria (PSDB).
Nesta quarta-feira, o PTB anunciou oficialmente que estará no palanque de Alckmin na disputa presidencial. O PSD, partido presidido pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, também já fechou questão e deve anunciar em breve sua decisão de apoiar o tucano. O PPS fez uma resolução no seu último congresso estabelecendo que a prioridade do partido é apoiar o ex-governador paulista. O movimento do Centrão é um revés para o ex-ministro Ciro Gomes, do, PDT, que esperava contar com o apoio do grupo. Nas últimas conversas entre dirigentes do Centrão, houve uma sinalização de que o grupo deve indicar o empresário Josué Gomes, do PR, como candidato a vice de Alckmin.
Um dirigente do PDT ouvido reservadamente pelo Estado afirmou que o apoio a Alckmin já era esperado por pessoas próximas ao pré-candidato Ciro Gomes. O presidente do partido, Carlos Lupi, reconheceu que a entrada do PR no Centrão deve ajudar Alckmin.
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