Em evento sobre saúde, Meirelles diz que 'Brasil está cansado da briga ideológica de extremos'

Para melhorar a área, candidato disse que acabará com o desemprego e que isso fará com que as pessoas possam cuidar saúde

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Foto do author Julia Lindner

BRASÍLIA - Candidato do MDB à Presidência da República nas eleições 2018, o ex-ministro Henrique Meirelles participou de uma sabatina sobre suas propostas para a área da saúde no 28º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais, em Brasília, nesta quarta-feira, 15. Ele estava acompanhado do seu candidatoà vice, Germano Rigotto. Segundo Meirelles, nenhum dos outros candidatos aceitou o convite para o evento.

Em sua fala, Meirelles destacou que pretende adotar escolha técnica para a pasta da Saúde. Foto: Felipe Rau/Estadão

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Em indireta aos adversários, criticou discursos extremistas. "O Brasil está cansado da briga ideológica de extremos que querem se destruir e arriscam destruir o Brasil junto com eles", disse.

O emedebista afirmou ainda que não formou alianças na disputa eleitoral para manter uma gestão independente e "não quer dever favores para ninguém". Não mencionou, no entanto, sua dificuldade para conseguir apoio devido aos baixos índices de popularidade nas pesquisas de intenção de voto.

"Vamos fazer governo independente e técnico como o povo quer", declarou. "Uma das razões pelas quais o nosso projeto, a nossa candidatura não formou uma coalizão de partidos é exatamente porque queremos manter a independência", disse em outro momento.

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Em sua fala, Meirelles destacou que pretende adotar escolha técnica para a pasta da Saúde e que priorizará pessoas com "compromisso de ficar durante todo o governo" na função. Ele citou o caso do ex-ministro da Saúde, Ricardo Barros, que deixou o mandato antes do término para entrar na disputa eleitoral, mas ressaltou que pelo menos os cargos de segundo e terceiro escalão foram preservados e que isso "já é um avanço".

Falou ainda sobre sua atuação no comando do Banco Central, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, destacando que manteve os diretores indicados durante o governo anterior para garantir a continuidade da gestão, e que foi criticado pelo PT por causa disso. A continuidade nos cargos, disse ele, será compromisso de sua gestão.

Para melhorar a área da saúde, afirmou que acabará com o desemprego e que isso fará com que as pessoas possam, de fato, cuidar da própria saúde. "Vamos organizar da casa, cuidar da saúde. O que eu quero para a saúde e para o País é retomar a confiança". Falou ainda que quer investir em saneamento básico para "começar com a prevenção".

Ele reafirmou que, se eleito, criará um cartão de saúde para cada brasileiro, que conterá todo o histórico médico do paciente desde a infância, além de informatizar o sistema.

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