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Gleisi diz que PT pode retirar proposta de nova 'Constituinte' para formar alianças

Presidente do partido diz que sigla busca apoio para Fernando Haddad disputar o segundo turno

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Foto do author Daniel  Weterman

Com Fernando Haddad (PT) no segundo turno da eleição presidencial, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, afirmou nesta segunda-feira, 8, que o partido está disposto a conversar com mais legendas, "sem restrições", buscando aquelas que queiram aderir à campanha de Haddad na segunda etapa da disputa.

Haddad e Gleisi após primeira visita aLula na PF de Curitiba depois da impugnação da candidatura do ex-presidente Foto: REUTERS/Rodolfo Buhrer

O PT está disposto, inclusive, a abrir mão da proposta de criar condições para convocação de uma nova constituinte no País. "Vamos sentar com os partidos e, possivelmente, a gente tenha que fazer uma revisão, porque há uma solicitação para que isso não conste (no programa)", declarou Gleisi. "Nós vamos fazer um chamamento a todos os democratas da sociedade brasileira. O que está em risco é o futuro da democracia no País", disse a dirigente. "Não temos restrição, se as pessoas tiverem noção do que está em jogo no Brasil e defenderem a democracia, têm que estar nessa caminhada." As alianças, disse Gleisi, não comportarão mudanças substanciais nas propostas do PT, mas abrirão espaço para ajustes. Para ampliar as conversas e articulações no segundo turno, o senador eleito pela Bahia Jaques Wagner (PT) foi integrado à coordenação de campanha, que também terá outros parlamentares e governadores eleitos pelo partido e legendas aliadas. Nesta terça-feira, 9, o PT fará em São Paulo uma reunião ampliada com os novos governadores e bancadas. A presidente da legenda reforçou que a campanha "quer muito" o apoio de Ciro Gomes (PDT) a Fernando Haddad no segundo turno e que o próprio candidato petista está conversando com ele. Após a cobrança de integrantes da campanha para que Haddad tenha uma postura mais central e menos colada ao ex-presidente Lula, condenado e preso pela Operação Lava Jato, a presidente do partido admitiu que o candidato poderá reduzir as visitas que faz ao padrinho político na prisão, em Curitiba. "Se for possível, ele vai. Se não for possível, nós vamos fazer campanha."