Justiça diz que Fernando Chiarelli está inelegível

Ex-deputado condenado por ofender prefeita de Ribeirão Preto é mandado para Tremembé

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Por RENE MOREIRA
Fernando Chiarelli (PT do B) foi preso ao chegar a convenção de seu partido Foto: Reprodução/Facebook

RIBEIRÃO PRETO- Preso e enquadrado na 'Lei da Ficha Limpa', Fernando Chiarelli (PT do B) está inelegível diz a Justiça Eleitoral. A defesa já pediu habeas corpus para suspender pena, enquanto que o político postou foto nas redes sociais em que aparece dentro da carceragem da Polícia Federal de Ribeirão Preto (SP).

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A imagem, porém, é de terça-feira, 2, dia em que ele foi preso ao chegar para a convenção de seu partido, quando seria indicado candidato a prefeito da cidade. Nesta quarta, 3, Chiarelli -que foi condenado ao regime semiaberto por crime eleitoral, acabou transferido para o complexo penitenciário de Tremembé (SP), onde estão os presos mais perigosos do Estado.

Ex-vereador e ex-deputado federal, ele pegou pena de um ano e oito meses por ofensas contra a atual prefeita Dárcy Vera (PSD), durante a campanha eleitoral de 2012, quando os dois disputavam a Prefeitura de Ribeirão.

Para tentar livrar o político da cadeia, seu defensor -o advogado Alexandre Sousa, impetrou três habeas corpus. Até agora, porém, nenhum dos três foi apreciado pela Justiça. Ele contou que seu cliente foi mandado para Tremembé devido à falta de vagas no Centro de Progressão Penitenciária de Jardinópolis (SP).

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O advogado alega que a prisão de Chiarelli seria abusiva porque se não há vagas, ele não poderia ir para uma cadeia em regime fechado. Já o político se mostrou revoltado ao ser preso. "Vocês são testemunhas oculares da inversão de valores nesse país, onde homens de bem estão indo para a cadeia", afirmou.

Prefeita. A sentença foi proferida pelo juiz Luís Augusto Freire Teotônio e, segundo o Cartório Eleitoral, Chiarelli deverá ser declarado inelegível caso registre a candidatura.

A prefeita Darcy Vera, pivô da confusão, elogiou a postura da Justiça. "As palavras dirigidas são de baixo calão e a gente não pode se calar", afirmou. Declarou ainda que ninguém tem o direito de "ofendê-la com xingamentos e palavras agressivas de cunho pessoal".

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