Mourão diz que partidos de centro são 'grandes vencedores' das eleições

Vice afirma ainda que não se pode debitar derrotas a Bolsonaro

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BRASÍLIA - O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta segunda-feira, 16, que os "grandes vencedores" das eleições municipais, até o momento, foram os partidos de centro, caracterizados por candidatos "mais tradicionais e mais conhecidos". Apesar disso, ele avaliou que o resultado das eleições não indica um possível enfraquecimento do movimento conservador ou do capital político do presidente Jair Bolsonaro.

"O que foi dado a conhecer até o presente momento, não fiz nenhuma análise aprofundada, é que os partidos de centro tradicionais foram os grandes vencedores", disse em conversa com jornalista na chegada à sede da vice-presidência nesta manhã.

O vice-presidente, Hamilton Mourão Foto: Gabriela Biló/Estadão

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Mourão também minimizou o mau desempenho nas urnas da maioria dos candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro e que não se elegeram.

"Não pode se debitar nada em relação ao presidente Bolsonaro porque ele não entrou de cabeça nessa eleição. Ele apoiou alguns candidatos, muito poucos. O presidente está sem partido e sem uma estrutura partidária fica difícil você participar de uma eleição", afirmou.

Apesar da fala do vice-presidente, como mostrou o Estadão,Bolsonaro fez campanha para 59 candidatos, mas só nove se elegeram. Dos 45 candidatos a vereador que apareceram no “horário eleitoral gratuito” do presidente, apenas sete conquistaram uma vaga no Legislativo de suas cidades

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Entre os 13 candidatos a prefeito que tiveram votos pedidos por Bolsonaro, dois passaram ao segundo turno - Marcelo Crivella (Republicanos), no Rio, e Capitão Wagner (PROS), em Fortaleza -, o ex-senador Mão Santa (DEM) foi reeleito em Parnaíba, no Piauí, e Gustavo Nunes (PSL) conquistou a prefeitura em Ipatinga, Minas Gerais.

Mesmo com atraso na totalização dos votos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Mourão avaliou que o sistema brasileiro é "muito bom, sem dúvida nenhuma". Ele ponderou, contudo, que a dinâmica eleitoral do Brasil não pode ser comparada à norte-americana. "Tem uma série de itens (no processo de votação americano) que uma mera urna eletrônica não daria certo. São processos diferentes, mas o nosso processo é um processo muito bom, sem dúvida nenhuma", comentou.

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