Pesquisa CNT/MDA: Doria lidera rejeição, Tebet é a menos rejeitada

Dois terços dos entrevistados pela pesquisa CNT/MDA disseram que não votariam no governo de São Paulo 'de jeito nenhum'; o nome da senadora Simone Tebet é o que apresenta menos resistência do eleitorado

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Foto do author Natália Santos
Atualização:

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), é quem tem a maior rejeição do eleitorado entre os pré-candidatos ao Planalto, mostra a nova rodada da pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira, 21. Segundo 66,5% dos entrevistados, eles não votariam no pré-candidato tucano "de jeito nenhum". Doria tem sofrido pressão dentro do próprio partido; uma ala já articula que seu nome - apesar de aprovado nas prévias, ano passado - seja barrado na convenção nacional da legenda que deveria confirmar a candidatura do partido.

O segundo mais rejeitado é o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos), com 58,2%, seguido do presidente Jair Bolsonaro (PL), com 55,4%, e de Ciro Gomes (PDT), com 48,4. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocupa a quinta posição no ranking de rejeição, com 40,5%, à frente do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), com 37,4%.

Na prática, tanto tucanos quando dirigentes do MDB recorrem à mesma justificativa: a torcida não desfralda a bandeira para time que não entra em campo. Foto: Werther Santana/ESTADÃO e Dida Sampaio/ ESTADÃO

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A menos rejeitada é a senadora Simone Tebet (MDB); apenas 29% dos eleitores dizem que não votariam nela de jeito nenhum. A parlamentar ganhou os holofotes políticos após sua atuação destacada na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid. Tebet foi protagonista de um dos episódios mais marcantes da comissão: quando foi chamada de “descontrolada” pelo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, após contestar a atuação do depoente durante a pandemia. A confusão, na época, reacendeu o debate sobre machismo e presença feminina na Casa, já que nenhuma mulher foi eleita titular do grupo de investigação.

Avaliação do governo federal

Para 42,7% dos entrevistados, o governo de Jair Bolsonaro é considerado ruim ou péssimo, enquanto 30,4% considera como regular e 25,9% como ótimo ou bom. Na rodada anterior da pesquisa, realizada em dezembro de 2021, o presidente tinha 48% dos entrevistados classificando seu governo como ruim e péssimo.

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O desempenho pessoal do presidente, por sua vez, segue estável com 61% de desaprovação e 34% de aprovação.

Características dos candidatos

A pesquisa questionou quais são as duas características dos candidatos que os eleitores mais irão levar em consideração na escolha para Presidente da República. Para 62,7%, a honestidade é o valor que mais será considerado nas eleições, seguido de competência (52,2%). 

As demais características são: novas propostas para o Brasil (36%), trajetória política (17,1%), ser novo da política (4,1%), partido político (2,6%), ser do meio empresarial (1,5%) e outras (2,8%). A pesquisa não obteve resposta de 3% dos entrevistados.

A pesquisa CNT/MDA realizou 2.002 entrevistas, distribuídas em 137 municípios, de 25 unidades da federação, durante os dias 16 a 19 de fevereiro de 2022. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança. O registro junto ao TSE é BR-09751/2022.

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