Sem Alckmin, Haddad lidera corrida pelo governo de SP, diz Ipespe

No cenário em que a pesquisa inclui Alckmin, o ex-governador empata com o candidato do PT em 20%, França surge com 12%, Boulos tem 10%, e Tarcísio chega a 7% das intenções de voto

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Por Redação
Atualização:

O ex-prefeito Fernando Haddad (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido) estão empatados na disputa pelo governo paulista. Segundo pesquisa IPESPE divulgada nesta sexta-feira, 18, ambos aparecem com 20% de intenções de voto no levantamento estimulado. Sem Alckmin, porém, Haddad fica isolado à frente da corrida, com 28%, seguido por Márcio França (PSB), com 18%.

Hoje, a formalização de uma chapa liderada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com Alckmin na vaga de vice é dada como certa no mundo político. Neste cenário, o ex-tucano tem convites para se filiar ao PSB, Solidariedade e PV. Mesmo diante de um provável acordo entre PT e PSB em torno de Lula, Haddad e França já anunciaram manter suas pré-candidaturas.

No cenário em que a pesquisa inclui Alckmin, o ex-governador empata com o candidato do PT em 20%. Foto: Iara Morselli/Estadão e Hélvio Romero/Estadão

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Assim, atrás de Haddad (28%) e França (18%) aparecem Guilherme Boulos (PSOL), com 11%, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, candidato do presidente Jair Bolsonaro no Estado, com 10%, e o atual vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB) com 5%. O tucano deve assumir o governo em abril, no lugar de João Doria, que é pré-candidato do PSDB à Presidência. 

O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, aparece com 2%, seguido do deputado federal Vinícius Poit com 1%. Brancos e nulos são 24% e não sabem ou não quiseram responder são 40%.

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Com Alckmin no pleito, Haddad e o ex-tucano lideram a corrida, ambos com 20% das intenções de voto, seguidos por França (12%), Boulos (10%), Freitas (7%) e Garcia (3%). Weintraub soma 2% e Poit 1%. Nesse cenário, cai o número dos que não declararam voto a nenhum dos candidatos, com brancos e nulos sendo 19% e não sabem ou não quiseram responder 6%.

Federação

Apesar de afirmarem hoje manter suas pré-candidaturas, Haddad e França podem ser obrigados a mudar os planos caso PT e PSB avancem na construção de uma federação partidária. O acordo em torno de Lula entre PT e PSB não depende de compor uma federação (as coligações seguem permitidas nas eleições majoritárias), mas ambas as siglas ainda negociam uma federação com PCdoB e PV. Neste caso, todas as siglas têm de seguir juntas, com um único candidato ao governo. O Ipespe testou cenários com Haddad e França como concorrentes dessa federação. 

Com o ex-prefeito como candidato (sem Alckmin e França) Haddad alcança 33% das intenções de voto, seguido por 16% de Tarcísio e 7% de Garcia. Brancos e Nulos são 39% e os que não sabem ou não responderam são 6%.

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Com França como nome escolhido pelas siglas, o levantamento mostra que ele teria 31% das intenções, contra 15% de Tarcísio e 6% de Garcia. Brancos e nulos são 40% e não sabem ou não quiseram responder são 8%.

Probabilidade de voto

Ao analisar a probabilidade de voto dos candidatos, a pesquisa indicou que 42% dos entrevistados poderiam votar ou votariam com certeza em Haddad. Alckmin e França alcançam 41% da probabilidade de voto, Boulos (30%), Freitas (21%), Garcia (14%), Weintraub (10%) e Poit (4%).

No entanto, Haddad e Alckmin também lideram a rejeição. Os entrevistados que disseram não votar de jeito nenhum no petista são 52%, no ex-tucano 52%, Boulos (50%), Weintraub (46%), Garcia (40%), França (39%), Freitas (33%), e Poit (32%).

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Poit lidera entre os entrevistados que não o conhecem ou não souberam responder sobre a probabilidade de voto, com 65%. Ele é seguido por Freitas (47%), Garcia (46%), Weintraub (44%), Boulos (20%), França (20%), Alckmin (7%) e Haddad (6%).   

O Ipesp também avaliou o atual governo de João Doria. Para 38% dos entrevistados, o tucano tem feito um trabalho regular, enquanto 36% considera ruim ou péssimo,24% como ótimo ou bom e 2% não soube resolver. A atuação no enfrentamento ao coronavírus, entretanto, apresentou uma melhor situação para o governador paulista: 45% avalia como ótimo ou bom, 30% como regular, 23% como ruim ou péssimo e 2% não respondeu.

Contratado pela XP Investimentos, o instituto fez mil entrevistas de abrangência nacional nos dias 14, 15 e 16 de janeiro. A pesquisa está registrada no TSE sob os protocolos BR-08006/2022 e SP-03574/2022. /Natália Santos, Giordanna Neves, Matheus de Souza e Daniel Reis