O Podemos iniciou nesta segunra-feira, 7, um processo interno que pode resultar na expulsão do deputado estadual Arthur do Val, conhecido como Mamãe Falei, por declarações consideradas depreciativas às mulheres ucranianas e deu abertura hoje ao processo disciplinar interno.
“A realização do procedimento é necessária para qualquer tipo de punição, em respeito à ampla defesa e ao contraditório”, escreve o partido em nota. O pedido foi assinado pelas presidentes do Podemos Mulher Nacional e estadual de São Paulo, respectivamente, Márcia Pinheiro e Alessandra Algarin.
Do Val terá cinco dias para apresentar sua defesa à Comissão de Ética e Disciplina do Podemos, que fará um parecer à Comissão Executiva estadual.
O parlamentar também enfrenta pressão na Assembleia Legislativa de São Paulo. Ao menos 37 deputados assinaram representações no Conselho de Ética da Casa pedindo a cassação de seu mandato.
Duas organizações também pediram a cassação de Arthur do Val: o Movimento Contra a Corrupção Eleitoral e a Seccional Paulista da Ordem dos Advogados do Brasil.
'Se o partido não me quiser, eu saio'
O deputado afirmou que ainda não pensou sobre o processo de exclusão do Podemos, mas não pretende pressionar pela permanência. "Não vou forçar o partido a me aceitar, de jeito nenhum. Não quero que o partido seja forçado a me aceitar lá dentro, se o partido não me quiser, eu saio", disse do Val.
Em nota, o membro do MBL disse que lutará “contra a injustiça”, se referindo à iniciativa de parlamentares que pedem a cassação do seu mandato.
"Dei uma declaração lamentável, admito e peço desculpas por isso; além de tudo, perdi minha noiva e prejudiquei meus amigos. Isso tudo é sinal dos tempos: ladrões ficam impunes, gente honesta perde o mandato. Lutarei até o fim contra esta injustiça.", escreveu.
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